As cerimónias dos Santos Passos realizaram-se no fim-de-semana, dias 16 e 17, em Landim, após o adiamento devido às eleições.
No sábado, ao cair da noite, a procissão com o andor do Senhor dos Passos, saiu da capela para a igreja paroquial. Cerimónia que terminou com a celebração da Eucaristia.
No domingo, à tarde, a procissão com os vários sermões, figurantes, andores – Senhora das Dores e Senhor dos Passos – saiu do Mosteiro e percorreu várias ruas, quer da freguesia de Landim e freguesia de Bente.
José Pereira, Secretário da Confraria do Senhor das Santas Chagas, afirmou que a participação, este ano, foi maior, “ainda conseguimos homens para pegar nestes andores. Não é fácil. Por acaso conseguimos de uma família só, oito (…). Tudo homens da terra, da lavoura, homens com força, porque isto obriga. Este andor é muito pesado, e consegui. Nos próximos anos vamos ver… Se não houver outra alternativa, irão encima de carros dos bombeiros, o que não é bonito. Não é a mesma coisa, porque isto é uma procissão de sacrifícios… de martírios”.
Por entre caminhos mais sinuosos e sem habitações, a procissão durou mais de duas horas, culminando com o Sermão do Calvário, onde se pôde visualizar todos os figurados, num palco montado em frente à igreja.
Para o mesmo responsável da confraria, os jovens estão muito afastados. “Não é só a juventude, porque os adultos também. Ninguém quer, porque dá muito trabalho. É duro! Servir esta confraria não é fácil. Nós tanto temos pedido, porque Landim tem muitos homens, mas ninguém quer vir. Nós estamos a ficar cansados”, desabafa.
José Pereira teme que as tradições possam ser perdidas, “e não vai ser a longo prazo, vai ser já muito breve. É pena, uma das coisas mais antigas que Landim tem. Uma confraria destas é o que leva o nome de Landim”, conclui.
A acompanhar aquelas cerimónias esteve a Banda de Música de Riba de Ave.
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