O Deputado Jorge Paulo Oliveira pediu ao novo ministro da Saúde, que não seja equacionado o encerramento do bloco de partos do Hospital de Famalicão.
Na carta dirigida a Manuel Pizarro, o famalicense salienta que a notícia avançada na passada sexta-feira, relativa à possibilidade de encerramento da Maternidade do Hospital de Famalicão, pelo facto de realizar menos de 1500 partos por ano, causou “justificada preocupação e perplexidade” nas populações.
Jorge Paulo Oliveira refere que “não se compreende, nem se aceita que a Maternidade do Hospital de Famalicão possa ser descontinuada. Não há razões técnicas que o justificam, antes pelo contrário”, acrescentando que “não é assim que se promovem políticas de natalidade, não é assim que se melhora a prestação de serviços de saúde às populações”.
Em contexto, defende que “têm sido feitos investimentos na maternidade de Famalicão, em termos infraestruturais, equipamentos, muitos destes por ação da sociedade civil, bem como em formação”. Reforça, também, que o bloco de partos, “cumpre, sem margem para dúvida, todos os requisitos que os mais variados estudos sobre saúde materno-infantil determinam”, não sendo por acaso que “os serviços do Centro Hospitalar do Médio Ave (Hospitais de Famalicão e Santo Tirso) tem nota positiva do SINAS – Sistema Nacional de Avaliação em Saúde, tendo já recebido inclusivamente na área dos “Partos e Cuidados Pré́-natais”, da especialidade de Obstetrícia”.
Neste âmbito, relembra que “foi exatamente por dispor de uma maternidade” que se construiu uma nova Clínica da Mulher, da Criança e do Adolescente, configurando “um investimento estimado em cerca de 300 mil euros“, para que se concentrassem “os cuidados de saúde prestados nas áreas da pediatria, ginecologia e obstetrícia”.
O Deputado famalicense chama também a atenção de Manuel Pizarro, para as consequências do encerramento da maternidade de Famalicão, afirmando que a alternativa “se traduzirá sempre na sobrecarga ou da Maternidade de Braga, que conta com vários encerramentos nos últimos meses, ou da Póvoa de Varzim. Em ambos os casos, com distâncias superiores a 20 km, distâncias que são desaconselháveis“.
“Sinceramente só posso esperar que o Senhor Ministro da Saúde seja sensível aos factos que lhe apresento e decida, a bem das populações, em conformidade com os mesmos“, pode ler-se no final da carta de Jorge Paulo Oliveira, dirigida a Manuel Pizarro.
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