Quando estalou a bronca dentro do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, por alturas de Abril, com denúncias, por parte de investigadoras estrangeiros e não só, sobre alegados assédios sexuais, pela banda do seu Fundador e Director, o Prof Catedrático Boaventura Sousa Santos, a coisa azedou.
Mas já passou. Mas já o tempo abafou a coisa. A comunidade tem tendência para atirar mais pedras para os adros das Igrejas do que para os pátios das Escolas e/ou de outras Instituições, onde, entre paredes, também se praticam mexericos e fétiches sexuais.
Os casos relatados que machucaram aquele Centro de Estudos Universitário, em Coimbra, não terão assumido os contornos dos que estilhaçaram a Igreja. Mas são inconcebíveis para uma Instituição, a Universidade de Coimbra, de pergaminhos firmados e, também, para uma personalidade de grada figura.
A sociedade, a portuguesa e a lá de fora, reagiu – e bem, no meu entender – ao que certos membros da Igreja, Católica e de outras Confissões Religiosas, fizeram, nos muros das sacristias, dos confessionários, dos conventos e de outros lugares, aos menores e, também, a maiores – homens e mulheres. A própria Igreja promoveu uma Comissão para avaliar e analisar esses abusos sexuais, o que louvo. Aliás, em 2 Editoriais que escrevi, dando a cara, reflecti, opinando, sobre essa matéria. Numa outra linha, a de esclarecer a opinião pública, na Rúbrica “Fé.0”, da minha responsabilidade e do Pe. José Pedro Novais, entrevistei membros da respectiva Comissão Arquidiocesana de Braga.
Boaventura veio, agora, no Expresso afirmar que (cito): Assume os eventuais comportamentos inapropriados”. Mas – revela – que rejeita a prática dos actos graves de que foi acusado. Mas o jubilado docente manifesta que esses comportamentos, que possa ter tido – afinal não os assume – (e cito): “antigamente não eram vistos enquanto tal”. Ó Sr, professor. Pensava eu que Va. Exa., depois de 50 anos passados sobre a revolução, havia mudado de mentalidade…Ficou depositado nesse antigamente. Não estranho, porque o sr. ficou-se pelo marxismo do PCP e, mais tarde, pelo tróiskismo do Bloco de Esquerda. Entre um e outro venha o diabo e escolha, porque são ideologias passadistas e bafientas…ditatoriais e sem perceberem a dignidade da pessoa e a necessidade de humanização. O Sr. quis continuar as práticas do antigamente, está-se a ver e bem…
Concluiria, porque vai ao fundo da questão, o que escreveu o advogado de Coimbra, Dr. Manuel Rebanda (passo a citar):”É preciso não ter vergonha na cara. A culpa não é dele. A culpa é de ter nascido em 1940. Este tipo, para além de ser uma fraude como sociólogo, é uma fraude como homem”.
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