A vida e a obra da ativista cultural, escritora, poetisa e da figura política de Natália Correia, no período do Estado Novo e pós-25 de Abril de 1974, vai estar em evidência, durante uma sessão pública que terá lugar na próxima sexta-feira, no Centro de Ciências Gastronómicas, em Vila Verde, pelas 21H00. A ação enquadra-se na programação da 13ª Bienal Internacional de Arte Jovem.
“À Conversa com Filipa Martins – Vida e Obra de Natália Correia” é uma oportunidade para aprofundar o conhecimento do trajeto de uma das figuras emblemáticas e controversas da cultura portuguesa.
Uma nota do Município vilaverdense revela que a escritora e jornalista Filipa Martins é a convidada especial para partilhar o legado de Natália Correia, sessão que conta com a moderação de Arnaldo Varela de Sousa. Dina Bicas fará uma declamação de poesia, acompanhada à viola por Armando Machado.
Algumas notas sobre Natália Correia: morreu em 1993, com 70 anos de idade, sendo apontada como a autora mais censurada do Estado Novo. Fez televisão, foi jornalista, dramaturga, poetisa e estreou-se na ficção com o romance infantil ‘Aventuras de um Pequeno Herói’, em 1945; foi autora da letra do Hino dos Açores e ativista política contra a ditadura, chegando a ser condenada a prisão com pena suspensa em 1966, na sequência da publicação ‘Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica’; foi, ainda, deputada à Assembleia da República e interveio politicamente, ao nível da cultura e do património, na defesa dos direitos humanos e dos direitos das mulheres.
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