O adeus (muito esperado) a 2020 terá de ser feito de forma contida, estando proibidas as habituais celebrações de fim de ano.
A evolução menos favorável da pandemia ditou a proibição de se celebrar o fim de ano, estando previstas fortes restrições à circulação no continente. “Ao contrário do que tínhamos previsto, temos de cortar totalmente as celebrações de ano novo“, salientou António Costa na passada quinta-feira, depois da reunião do Conselho de Ministros.
Uma das razões para este conjunto de medidas mais intensas é o ritmo de diminuição do número de novos casos [de covid-19] por semana ter-se vindo a tornar mais lento. Outro dos aspetos é o número de óbitos continuar a ser extremamente elevado.
Assim sendo, a circulação entre concelhos fica proibida entre as 00:00 de 31 de dezembro e as 5:00 de 4 de janeiro. No que diz respeito à circulação na via pública, esta será vedada a partir das 23:00 de 31 de dezembro e após as 13:00 dos dias 1, 2 e 3 de janeiro, aplicando-se estas restrições em todo o território continental. Estas regras só não se aplicam “por motivos de saúde, de urgência imperiosa ou outros especificamente previstos“.
Quem sai novamente prejudicado é a restauração. Os horários dos restaurantes vão ter de sofrer alterações. A 31 de dezembro, no território continental, esses estabelecimentos poderão funcionar até às 22:30, enquanto nos dias 1, 2 e 3 de janeiro somente até às 13:00, excetuando as entregas ao domicílio. Neste período ficam ainda proibidas festas de carácter público ou abertas ao público, bem como ajuntamentos na via pública com mais de seis pessoas.
Travar o risco do Natal
Costa fez questão de lembrar que havia avisado que o Governo iria sempre avaliar as medidas em função da evolução da pandemia, evidenciando que estas medidas consistem em “evitar, na passagem de ano, a multiplicação dos riscos que necessariamente o natal vai trazer“. “Procuramos sempre o equilíbrio entre a responsabilidade individual, entre a proteção da saúde pública e a proteção das nossas liberdades. E foi esse equilíbrio que aqui procurámos”, acrescentou em conferência de imprensa, explicando que a seguir ao natal é necessário “adotar medidas de máxima contenção” para evitar o “risco acrescido” de contágios.
O primeiro-ministro mostrou-se confiante num ano novo de esperança onde reforçou que há condições para a operação Natal prosseguir, dentro dos moldes desenhados para a época. “Não introduzimos novas restrições para o dia de Natal, mas pedimos a todas as famílias que se organizem de forma a que o Natal seja um momento de partilha de afetos, mas não de partilha de vírus entre todos nós“, disse em tom de aviso. Ocasião para reforçar o alerta: “Os festejos de Natal têm de decorrer com o máximo de cuidado“.
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