Júlia Rodrigues Fernandes, a chefe da municipalidade de Vila Verde, em intervenção crítica e com o centro de ataques no poder central, manifestou-se – aliás, tem sido essa a honra da sua política, como autarca – defensora de acções e de projectos de intervenção social.
A edil, que falava na cerimónia dos 167 anos da Fundação do Concelho, realizada ontem, 2.a f, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, perante uma ampla assistência, manifestou-se apostada em trilhar um “caminho para que o concelho de Vila Verde esteja, sempre, na linha da frente ao nível do progresso e da qualidade de vida das populações”.
Em nota de crítica, atirada ao poder central, a representante máxima do Município deixou recado: “O Município de Vila Verde cobra aos munícipes valores inferiores aos custos dos serviços básicos de abastecimento de água, recolha de lixo e saneamento, com a agravante de estarmos a enfrentar o aumento de taxas aplicadas pelos organismos da Administração Central, tutelados pelo Governo”.
Outro desabafo de Júlia Rodrigues Fernandes recaiu sobre as competências que a Administração Central tem vindo a atirar para as autarquias sem as devidas contrapartidas financeiras. Apesar disso – explicitou – “o Município não abdicará de projetos e investimentos estruturantes para o desenvolvimento e para a melhoria contínua da qualidade de vida no concelho”.
A presidente do mesmo Município, na sua alocução sobre a efeméride, centrou as suas palavras no domínio social, ao afirmar que pretende que esse vector seja “extremamente forte”, nomeadamente ao nível da educação, no apoio à habitação e a cuidados de saúde, na assistência a idosos e pessoas mais vulneráveis, na cooperação com as IPSS, as escolas e as juntas de freguesia, no apoio à natalidade e à infância. Depois de falar sobre as acções que envolveram a Câmara no social, Júlia R. Fernandes quis comprometer-se ao dizer: “Somos e vamos continuar a ser um concelho solidário e inclusivo. Sempre assumi que sou uma acérrima defensora do trabalho em rede. A cooperação e a união de esforços potenciam as mais-valias e os recursos de que dispomos”.
No discurso comemorativo do aniversário do concelho, o presidente da Assembleia Municipal de Vila Verde partilhou “o sentimento comum de orgulho e honra ser Vilaverdense” e de “pertencer a uma linhagem de pessoas que fizeram de Vila Verde, ao longo dos seus anos de existência, um lugar cuja identidade tem vindo a vincar-se ao longo dos anos”.
Carlos Arantes deixou uma nota a todos: “Não podíamos deixar de relembrar todos aqueles que, de uma forma ou de outra, com o seu esforço, dedicação, empenho, sacrifício, moldaram este concelho”. Felicitou também “aqueles que, nos dias de hoje, também com dedicação e espírito de identidade, fomentam a construção e as raízes do concelho”.
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