Vacinas chegam a Portugal no início do ano e já se sabe quem são os grupos prioritários.
Francisco Ramos, coordenador do grupo de trabalho criado pelo Governo para definir o plano de vacinação, realça que os principais objetivos do Plano de Vacinação passam por “reduzir a mortalidade” e os “internamentos em unidades de cuidados intensivos”.
“O primeiro conjunto de grupos prioritários são pessoas com 50 ou mais anos com uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência real e doença respiratória crónica com suporte ventilatória, ou seja, a correspondência exatamente das patologias mais frequentes nos casos graves da doença. As pessoas residentes em lares e internadas em unidades de cuidados continuados e respetivos profissionais, a proteção dos surtos nas populações mais vulneráveis, os idosos, e finalmente profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados e forças de segurança genericamente de serviços essenciais cuja elencagem tem ainda de ser afinada”, explicou.
Quem são os grupos prioritários?
- 250 mil: residentes em lares e internadas em unidades de cuidados continuados e respetivos profissionais, a proteção dos surtos nas populações mais vulneráveis, os idosos;
- 400 mil: pessoas com 50 ou mais anos com uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência real e doença respiratória crónica com suporte ventilatória, ou seja, a correspondência exatamente das patologias mais frequentes nos casos graves da doença;
- 300 mil: profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados e forças de segurança genericamente de serviços essenciais cuja elencagem tem ainda de ser afinada.
A vacina da Pfizer, caso seja aprovada, deverá ser a primeira vacina a chegar a Portugal. Mal esteja garantido o “sim”, por parte da Agência Europeia dos Medicamentos (EMA na sigla inglesa), esta chegará a território nacional três dias depois. Foi o que disse esta quarta-feira a diretora médica da Pfizer Portugal, Susana Castro Marques, em entrevista à RTP.
A Pfizer e a BioNTech vão assegurar todas as etapas do transporte e distribuição da vacina, desde as fábricas de produção até aos locais de vacinação designados pelas autoridades portuguesas. “Vamos ter uma componente de distribuição aérea para alguns pontos fulcrais do país ou da região e depois uma rede de transporte terrestre para fazer depois, a partir desses centros, a distribuição para outros locais que sejam designados”, acrescentou a representante da farmacêutica.
Existe acordo com seis fabricantes
“Neste momento há seis acordos concluídos. O primeiro foi o da AstraZeneca, a 14 de Agosto, que tem 300 milhões [de doses] para a União Europeia e 6,9 milhões para Portugal. O segundo para Sanofia/GSK, onde não estão definidas doses. O grupo Johnson&Johnson já em Outubro, 200 milhões [de doses] para a União Europeia e 4,5 milhões para Portugal. O da Pfizer com 4,5 milhões para Portugal. O da CureVac, o valor está praticamente acertado, entre quatro e cinco milhões. O último contrato assinado, o da Moderna, tem uma quantidade mais pequena, 80 milhões [para a Europa] dos quais nos cabem 1,8 milhões”, explicou o presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo.
Laboratórios apenas esperam autorização da EMA
Na segunda-feira, a EMA recebeu dois pedidos de autorização condicional de comercialização das vacinas desenvolvidas pela BioNTech e Pfizer e pela Moderna, esperando emitir uma decisão “dentro de semanas”.
Depois desta luz verde do regulador europeu, é a vez de a Comissão Europeia “acelerar o seu processo de tomada de decisão com vista a conceder uma autorização condicional de introdução no mercado válida em todos os Estados-membros da UE e do Espaço Económico Europeu no prazo de dias”, explicou a EMA numa nota.
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