No passado domingo, dia 24, celebrou-se o II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos.
Sempre foram figuras marcantes na família. Atualmente, deveríamos preservar a importância, quer dos nossos avós, quer dos idosos que nos avizinham.
No silêncio do peso das suas vidas, estes carregam experiências e histórias que para muitos, jovens, seriam um poço de riqueza, num caminho que agora começam a percorrer, muitas vezes desconhecido.
Os tempos são de consumismo, diferentes dos nossos antepassados. Estes viviam isolados do e no mundo. A globalização era, ainda, ténue.
Sabiam trabalhar a terra. Mimavam-na com as suas mãos, nas suas lides, em dias de calor ou de frio, quando o trabalho apertava. O sal do suor, que lhes escorria pelo rosto e caía no solo lavrado, era o testemunho de um mourejar sacrificado. Sentia-se a alegria quando o resultado se tornava evidente e a colheita se aproximava. Mãos calejadas, corpo macerado, no rosto a temperança do labor diário e o consolo de nunca faltar o essencial da vida humana, o pão.
Por vezes, esquecemos os nossos avós, não reparamos nos idosos, ali, ao nosso lado.
O Papa Francisco convidou-nos a celebrar este II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. Este ano inspirado no Salmo 92, “Dão fruto mesmo na velhice”. De facto uma visão cheia de sentido. Não podemos desperdiçar as experiências, as histórias e os saberes dos nossos séniores. Com estas, teremos um futuro mais sensato, seremos mais lúcidos nas nossas atitudes, talvez possamos compreender melhor o próximo, quem sabe, seremos menos egocêntricos.
O mundo atual vive numa velocidade estonteante, que nos abstrai dos verdadeiros valores da vida.
Os nossos avós e idosos sentem o pulsar do mundo atual, mas certamente terão conselhos cheios de sabedoria para nos deixar.
Queiramos nós ouvi-los, para uma reflexão mais profunda e possamos sentir o verdadeiro sentido da nossa vida, valorizando os “Frutos”, fecundos na velhice.
Paulo Jorge Silva
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