Está na altura de Riba de Ave tomar conta do seu futuro.
A secção do Partido Socialista de Riba de Ave expressa o seu contentamento pela visita, ainda que breve, e pelo destaque dado à nossa vila, no programa «Sem Fronteiras» da RTP1, no qual foram abordados os locais mais importantes e feitos da vila que todos nos orgulhamos enquanto ribadavenses.
É de lamentar, no entanto, que toda esta exposição mediática tenha evidenciado a falta de investimento ou até esquecimento de que Riba de Ave tem sido alvo ao longo dos anos por parte da Autarquia Local.
Veja-se o exemplo do Teatro Narciso Ferreira, construído nos anos 40 pela família Ferreira, que já desde os finais do século passado se encontra em decadência e com marcas de abandono (que no fundo não deixa de espelhar tudo aquilo que Riba de Ave foi e que agora já não é), e só apenas em 2019 lhe foi dado o devido destaque com o início das obras de reabilitação, quando na verdade, já desde 2007 que o espaço está cedido à Câmara Municipal de V. N. Famalicão pela Fundação Narciso Ferreira, precisamente com o intuito de o preservarem.
Foram necessários decorrerem cerca de 40 anos, para que através de financiamento de fundos comunitários em parceria com o Estado, em concreto no âmbito do programa de apoio Norte 2020, se pudesse – finalmente – dar início às tão aclamadas obras.
Demonstrando assim que, todo o investimento que Riba de Ave recebe ao longo dos últimos anos não são mais do que investimentos que partem de apoios do governo, de apoios comunitários ou até de apoios privados.
Acentuando, por isso, a falta de interesse daqueles que devem atuar em primeiro plano, como a câmara municipal ou a junta de freguesia, por serem aqueles que estão em melhores condições para preservarem e promoverem o desenvolvimento da vila, não só em razão de proximidade, mas também por ser inerente às suas próprias funções.
Pese embora, a vila de Riba de Ave continuar nas “bocas do mundo”, à semelhança do que sucedeu no programa, deve-o aos investimentos de entidades privadas ou do Estado, que por vezes nem conhecem as verdadeiras necessidades da vila e dos ribadavenses.
Felizmente, Riba de Ave tem tido esses apoios privados e financiamentos do Estado, mas não nos podemos acomodar com esta ideia e continuarmos à mercê deste tipo de investimentos. Teremos sim, que repensar se não será altura de quem nos representa lutar verdadeiramente pelos nossos interesses e promover o desenvolvimento da nossa vila, sem que para isso estejamos sempre dependentes de financiamentos externos que nada têm a ver com a nossa Autarquia Local.
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