Todos os anos, o fogo consome milhares de hectares da floresta e mato, nas zonas rurais. Impotentes e desanimados assistimos.
Só quem nunca esteve num incêndio florestal, desses que levam tudo à frente – áreas verdes, casas, animais, viaturas e vidas…é que não sabe, como diz o povo, avaliar a força das chamas.
O uso negligente do fogo, com o homem a provocar queimadas de toda a espécie, é o maior factor que concorre para os incêndios florestais. É evidente que existe o fogo posto, uma causa que se refugia nos interesses, da mais variada ordem. É evidente, também, que precisamos de um recobro florestal com árvores autóctones, para que o fogo não avance com tanta perigosidade. É evidente, ainda, que se torna urgente recuperar a figura do guarda florestal; reconstruir e lançar aceiros; limpar, com mais eficácia, as nossas manchas verdes; e avaliar se o combate aéreo não deveria retornar à Força Aérea. São 60 meios aéreos de empresas privadas para combater fogos florestais que nos custam 20 milhões de euros.
Uma coisa é certa: o clima está a alterar-se; as temperaturas são extremas; a destruição de vegetação nativa está patente; e, este ano, estamos em seca extrema. Em cada ano, os políticos apelam ao nosso sentido de responsabilidades, o que – convenhamos – encaixa na Cidadania de cada um. Mas, e sem se traçar um Plano anual, sobre a problemática dos incêndios florestais será mais difícil suster fogos e destruição. Vamos escutando os gritos dos assustados que, no terreno, sofrem e sentem os seus haveres, bens e vidas ameaçados ou destruídos. Torna-se urgente mudar o paradigma deste panorama que nos aflige.
É preciso agir!
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