O Dia do Papa é celebrado hoje, Dia de S. Pedro. O Papa é o sucessor desse Discípulo, o Evangelizador. Esta data convida-me a falar sobre o actual Papa, Francisco. A perna dele está gasta, como se nota. Já anda de cadeiras de rodas. Francisco é daqueles que motiva aplausos e críticas. Suscita o bendizer e o maldizer. Os homens, como ele, de valor, acabam por fragmentar, quem gosta de falar dos outros.
O Papa Francisco, para uns, é um revolucionário. Para outros, de convicções sociais. É um servidor da Igreja, de Palavras fortes e apelativas. Francisco convida-nos a estender as mãos aos sofredores, deserdados, escorraçados, famintos e violentados. Quero olhar, convosco, com serenidade, para o Papa. Não serei, estou certo, a pessoa mais capaz para o fazer. Mas gostava de vos deixar 3 Histórias.
Francisco foi de cadeira de rodas falar com um grupo de estudantes, numa sala do Vaticano. A comoção foi grande. O Papa pediu desculpa, a todos os rapazes e raparigas, por não se poder levantar. Uma criança ucraniana perguntou ao Papa se ele poderia salvar todas as crianças que sofrem. Francisco comoveu-se. Saíram-lhe algumas palavras. Mas a sua principal resposta ficou estampada nos seus olhos, que gritaram. E a última história: foi num retiro, em Roma, em que o Papa participou. Estava lá o padre Tolentino de Mendonça, longe de imaginar que seria cardeal. Francisco dirigiu-se a Tolentino e perguntou-lhe: ”Sr. Padre, acha que me pode conceder uns minutos?”. Tolentino atrapalhou-se: “Santo Padre, eu é que tenho de lhe pedir”.
Que grandeza de humildade, a do Papa Francisco, creditada nessas passagens. É essa humildade que nos faz mais humanos, a única fórmula de chegarmos aos outros, de os percebermos, de os escutarmos para ouvirmos os seus lamentos…as suas queixas. Com humildade é mais fácil sabermos acolher. O Amor é entrega e doacção, única via para não guerrearmos e destruirmos a vida, a nossa e a dos outros. Certa Igreja continua no pedestal, de um ou de outro altar. Essa não é, certamente, a Igreja de Cristo, o Salvador. Francisco, como o seu guia espiritual, Jesus, convida-nos a sermos vozes da Paz e do Bem. Mas sem preconceitos que esmagam. Antes, com humanismos que unem e nos fazem viver em felicidade. Quem é Cristão, por devoção e vocação, tem de se dar e de se prontificar a abrir portas. Que o exemplo de humildade, a que exibe Francisco, seja convite a transformar-mo-nos e, também, ao Mundo…E o Mundo precisa de bonança, neste tempo de guerras.
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