O processo “tutti-frutti”, ora vindo a público, que tem andado faz 10 anos aos tombos na justiça, traduz ao ponto – baixo – a que chegou a nossa política nalguns campos da política, em Lisboa.
É tudo deles, do PSD e do PS. O jornalista da revista “Sábado” Marco Alves revela que a Assembleia Municipal de Lisboa é (cito): “um lugar estratégico nos jogos de bastidores dos partidos”. E mais acentua sobre isso (cito, de novo): “já que é dado a cada grupo desse parlamento autárquico um orçamento para contratar assessores”.
O mesmo jornalista admite que não existe qualquer controlo sobre essas avenças e muitos partidos – prossegue – sabem que esse tipo de situação são fantasmas. Os dois principais partidos, PSD e PS, controlam a coisa.
A promiscuidade que campeia nalguns círculos da Capital, como se avalia, está num ponto alto e circula como erva daninha.
É uma trapalhada que não abona à vida transparente que a vida política e institucional deve ter. É uma bronca que descredibiliza a democracia. É uma história com muitas estórias que despromovem a nossa vida nacional.
São 6 dezenas de pessoas que estão debaixo da mira da justiça, incluindo políticos autárquicos de Juntas de Freguesia de Lisboa com assento na Assembleia Municipal, além de funcionários e de empresários.
O processo arrasta-se, na justiça, para existir esta presente acusação, já vai 10 anos.
O nojo que já nos mete este tipo de gente que procura viver da política e à custa dos impostos que todos os trabalhadores portugueses pagam.
Continua-nos a faltar uma opinião pública esclarecida e forte me uma democracia que tenha a capacidade de escrutinar. Não fora certa comunicação social e a maioria dos casos, como este, passava-nos ao lado, arrobando a economia, delapidando o que pode servir aos mais desfavorecidos e débeis… Vamos continuar a estar atentos.
Comentários sobre o post