SPRAY, é a prova de que o passado faz parte do presente e do futuro. Após o lançamento da versão remasterizada do álbum de estreia (“Pintado no Luar”) é a vez de “Salto Mortal” receber a mesma honra.
Lançado em 1999, pela editora Númerico, o segundo álbum do projecto conta com Rui Reininho na sua produção. João Paulo das Neves, mentor de SPRAY, conta que o processo de produção de Rui Reininho foi bastante espontâneo e interessante, como uma espécie de fio condutor que apenas intervém quando acha que o deve fazer. A inovação aliada aos instrumentos acústicos, através de arranjos modernos, melodias simples, timbres electrónicos e riffs de guitarras elaborados culminam em canções fortes que definem a sonoridade pop/rock de “Salto Mortal”.
Nas palavras de João Paulo “é um disco mais duro”. Para além do vocalista dos GNR, o disco conta com a participação de Peixe (Ornatos Violeta), Francisco Reis (Raul e os Amigos da Salsa), Paulo Praça (TurboJunkie), Emília e Paulo Costa (Ritual Tejo).
Anoiteci ft. Rui Reininho
SPRAY
Os SPRAY surgem, em 1997, do silêncio próprio de alguém temporariamente só. Embora o nome soa a algo coletivo, trata-se do projeto pessoal de João Paulo das Neves, em todas as vozes e instrumentos.
“Spray é algo etéreo, volátil como eu, tem cores, e voa! É do mundo e de qualquer língua!”, explicou João Paulo Das Neves. Cosmopolita, o trabalho tem por vezes convidados que também dão bastante de si (Rui Reininho, Paulo Costa, Peixe, Paulo Praça, Joana Carvalho, etc…) e ajudam de forma determinante aquilo que resultado em produto final.
Durante a sua carreira, SPRAY conta com álbuns, com, na produção, Luis Carlos Pereira (Pintado No Luar), Rui Reininho (Salto Mortal, que tem um interessante dueto com Rui Reininho no tema Anoiteci, e com Paulo Costa no tema Mais Uma Vez) e João Paulo Das Neves, no mais recente Brit.
Para João Paulo, há um antes, e depois de Londres. Foi na cidade inglesa que definiu a sua perceção do mundo e da arte, após um episódio em que “pela primeira vez, vivi e toquei nas ruas. Sem tecto.”
As vivências de Londres, seja pelas ruas, bandas com que tocou, ou até pelos cheiros, tornaram o seu trabalho tendencialmente mais cosmopolitano e sem barreiras. Apesar de Pintado No Luar, não sofrer desta influência, os álbuns que se seguem, assumem essa condição.
Prova máxima desta estreita relação e João Paulo, com o Reino Unido é o album Brit, a editado em 2020 pela Sounds & Visions RECORDS.
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