Esta presente crise que envolve a China e os USA, por causa de Taiwan, merece um comentário. É que já estamos, para quem se esquece, como é o caso da China, no séc. XXI. Os comunistas vivem do passado e no passado. Estão agarrados a políticas, sistemas e regimes bafientos, desprovidos de liberdades e poluídos de mentalidades que poucos simpatizantes já colhem por estes tempos.
A China, apesar de navegar, mesmo internamente – sabe bem ser novo rico e desfrutar de mordomias que o povaço não usufrui – a duas velocidades, a da ditadura e a de uma democracia envergonhada, continua pespegada ao seu comunismo de Mao.
Apesar das aberturas internas, as que beneficiam a estrutura do partido dominador, os seus dirigentes e os seus servidores indefectíveis, o certo é que a China está arrolada à cartilha da sua própria ditadura. Milhões e milhões ou mesmo mais de 1 bilião de chineses estão debaixo da pata do comunismo que o poderoso Mao lhes deixou como herança. Pesada, sem lugar a queixumes, sem espaço para críticas ou manifestações de classes que sejam meio de reclamar melhores condições de trabalho e vencimentos que possam doar, a cada cidadão da China ou de outras paragens (Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e Rússia), dignidade humana.
A democracia é a arte social e política que transmite a todos os sectores da vida a possibilidade de existir liberdade de pensamento, de agir, de viver, de soltar ideias, de deixar voar opiniões e de, cada cidadão, sonhar
por uma vida melhor e digna.
A China, com a visita de Nancy Pelosi, a Presidente da Câmara de Representantes dos USA, irritou-se. Já se manifestou, dando nota: trata-se de uma provocação que não tem a ver com a democracia, mas com a
soberania chinesa nesse território.
Interessante esta posição chinesa que, e em relação ao território soberano da Ucrânia, tem jogado no tabuleiro internacional, conforme lhe dá mais jeito. Nem sim nem não, nim… Mas a China, o grande dragão do Oriente, não é símbolo para nenhum outro Estado nem para nenhum Cidadão que se preze. É o maior poluidor do Mundo, é o mais declarado explorador da mão-de-obra, é o que mais contribui para a repressão de liberdades e de direitos…é tudo o que uma ditadura contêm do pior para se viver.
Esta ida de Pelosi é, para mim, não uma arrogância, mas a afirmação de que, contra este tipo de Países comunistas, é preciso mostrarmos que não temos medo de ameaças e que, por estes tempos, com e em liberdade de movimentos e de expressão, saberemos continuar a denunciar tudo o que mata a vida e o sonho de milhões de milhões que tentam ser felizes. As oligarquias ditatoriais são vexame e humilhação para, infelizmente ainda, biliões de cidadãos.
António Barreiros, Chefe de Redacção
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