“Putin, bem se pode afirmar, em face do seu caminho pessoal e profissional, que renegou um certo marxismo dos seus antepassados, principalmente o de Lenine. Mas não segue, também, nem coisa que se pareça, a cartilha que sobrou para Stalin, a partir dessa figura lendária de bolchevista.
O que se instalou na mãe Rússia, pós a Revolução de 1917, foi uma ditadura do proletariado, que esmagou milhões de cidadãos, às mãos de um e de outro sanguinário e déspota.
Stalin mandou matar pazadas de Russos, uns 40 milhões, os que se lhe opuseram.
Stalin foi um ditador e um autocrata, interpretando, como seguidor absoluto do leninismo, o papel de vários Stalines, apresentando-se um ótimo actor, conforme a “plateia”. Era um extremista, um rancoroso, um ressabiado e um vingativo, o que não me agrada porque defendo o contrário. Desconfiado, um atributo que, geralmente, define o carácter da pessoa, Stalin era um lunático. Ele impunha-se pelos MEDOS. Os grandes ditadores, aliás, como Putin, impõe a sua presença e o seu posicionamento político, atirando MEDOS para todos, os que os servem na proximidade e os que gritam por liberdade…
Lenine, Stalin, Hitler, Fidel, o rapazito da Coreia do Norte, o Homem da China e, mais recentemente, o Maduro da Venezuela, resguardam-se e salvaguardam-se produzindo MEDOS, de toda a espécie.
Putin é, apesar de tudo, uma sombra desse Lenine e de Stalin.
Mas não trilha a ideologia deles. Tem uma própria que criou, mas com base no marxismo. A sua ideologia prende-se com o marxismo opressor e ditatorial que esfrangalha liberdades e não lhe agrada a democracia.
Putin, como escrevia, em destes dias, o Nuno Ferreira, de Famalicão, um atento comentador jovem a quem, às 6.as feiras, em Famalicão, num espaço que titulei “Diálogos”, tento deixar o meu saber, experiência e conhecimentos do jornalismo que abracei, é “um autocrata e não coloca ideologia nem o próprio País à frente dos seus interesses pessoais”…
Putin é um ardiloso político russo, com a escola do ex-KGB, hoje FSB, um dos mais sofisticados serviços de intelligence do Mundo, que aprendeu a ser raposa do deserto e das estepes, a esconder-se para armadilhar, a ter várias caras para se fazer passar por cordeiro, a teatralizar-se conforme a peça, a vestir-se de palhaço para fazer rir e chorar, a impressionar os seus súbditos, e estabelecer um cordão de segurança em volta de si que lhe ampare a vida e lhe proporcione traçar, com rigor, as malfeitorias que aprendeu nos livros que leu sobre Lenine e Stalin…
Putin continua a ser, quer ele queira quer não, um marxista convicto que demonstra a garra que os seus antepassados exibiram quando, sem dó nem piedade, implantaram a União Soviética, aterrorizando, prendendo, manietando e fuzilando todos quantos fizeram frente à opressão Leninista e Stalinista.
Neste séc. XXI este tipo de gentinha não faz cá falta nenhuma. Vivemos, na maioria dos Países do Mundo, em Liberdades. Aspiramos a ter vida em democracias, dispensando os horrores de ditaduras e de extremistas. Toda essa corja de fuziladores, atrás citados, já não têm lugar neste e por este nosso Tempo.”
António Barreiros
Jornalista
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