Há muito para conhecer em Vermoim, referiu o presidente desta Junta da Freguesia, numa conferência de imprensa, realizada esta manhã, sábado dia 26, onde deu a conhecer as linhas gerais do projeto “Pedras Com História”.
O projeto, agora apresentado, tem como principal objetivo, dar a conhecer a história do Castelo de Vermoim e toda a sua área envolvente. Em substituição das habituais caminhadas, que até há bem pouco tempo se realizavam por aqueles espaços, a intenção passa agora por dar a conhecer quatro pontos, que Sérgio Ferreira considera turísticos e de importância para a freguesia. “A Calçada Romana, é aqui que se iniciam as nossas visitas, onde contamos com um ator, para que devidamente trajado à época, conte a história daquela calçada”. ”O ponto número dois é o Castelo de Vermoim, onde podemos ver, ainda, aquilo que resta do nosso Castelo”, refere este responsável pela dinamização turística de Vermoim.
Através de uma personagem da idade média (Bobo da Corte), será feita alusão à “Lenda da Moura”, onde esta é referida em obras de vários autores, entre eles, Camilo Castelo Branco.
O “Tanque da Maria Gorda”, o quarto ponto turístico a destacar, “um tanque que é centenário, que tem muitas histórias (…) onde paravam pessoas de muitos locais, Pousada, Requião, Vermoim, Joane, toda agente conhecia aquele tanque”, garantiu Sérgio Ferreira.
Quanto ao percurso a realizar, este terá um grau de dificuldade média, com uma extensão de 3,7 Kms. “É um evento marcadamente cultural mas, as pessoas que neste participem, deverão vestir uma roupa à prática de caminhar”, preveniu.

Os grupos, para estas visitas, serão limitados a 50 pessoas. Sérgio Ferreira concluiu dizendo que se no futuro os vestígios arqueológicos aumentarem, então as visitas irão alargar-se ao programa.
Bruno Cunha, presidente da Junta de Freguesia de Vermoim adiantou que o registo para a marca “Castelo de Vermoim” “está, neste momento, em discussão pública a classificação, não só a do Castelo de Vermoim, mas também toda a área arqueológica”. O autarca local aguarda uma resposta da Câmara Municipal, que também lançou uma discussão pública, para “Zona Especial de Proteção”. “Obviamente que não queremos fazer nada que esteja desenquadrado da parte da Câmara Municipal, mas queremos sim… já indicamos isso… queremos criar essa marca “Castelo de Vermoim”, é algo identitário, é algo que pertence Vermoim”, acrescentando que “é um marco, também, a nível nacional”.
O autarca local referiu, também, a importância deste espaço no desenvolvimento turístico e económico para a freguesia e concelho de Famalicão.
Com o objetivo de dar a conhecer a história da freguesia, o atual executivo da Junta de Freguesia de Vermoim está empenhado neste projeto “para que as pessoas sintam orgulho” e façam a respetiva divulgação.
Proteger este espaço arqueológico é também uma preocupação daquele responsável autárquico.
Questionado se tem ambição para oferecer mais que umas ruínas, quer aos vermoinenses, quer aos famalicenses, o autarca disse que é um dos compromissos, não escondendo a vontade da reconstrução do Castelo de Vermoim, “é utópico”, reconhece Bruno Cunha, mas adianta que esse será um projeto a muito longo prazo, “mas aquilo que nós queremos é que não se perca, isto é o primeiro passo, que não se destrua mais o que é o nosso património”.
A Junta de Freguesia mostra-se disponível para colaborar com o município, em todos os projetos que este possa desenvolver na preservação dos vestígios arqueológicos.
As visitas guiadas serão gratuitas, pressupondo que as mesmas, no futuro, se possam vir a realizar com periodicidade mensal.
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