Foi numa tribuna pública, na cidade de Braga, que o Movimento apresentou relatos impressionantes das mulheres trabalhadoras do distrito.
Em Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres, o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e a União dos Sindicatos do Distrito de Braga da CGTP-IN organizaram uma Tribuna Pública, nos Claustros da Rua do Castelo, em Braga.
Discutiu-se a Exploração, Opressão e Violência no Trabalho, tendo sido apresentados relatos das mulheres trabalhadoras do distrito. São vários os exemplos e testemunhos das mulheres e de homens solidários com a violência exercida no local de trabalho e que, com esta pandemia, ficou ainda mais visível.
Numa nota de imprensa, as duas organizações referem que “é inquestionável o contributo das mulheres para o desenvolvimento do País. Elas trabalham e participam em todas as áreas da vida política, económica, social e cultural”, acrescentando ainda que “todos os dias milhões de mulheres e raparigas são sujeitas a alguma forma de violência física, psicológica, moral ou sexual, em casa, no trabalho, em público e na internet”.
A violência contra as mulheres continua a crescer, tomando dimensões inquietantes em todo o mundo. O mapa das violências demonstra que se amplia, banaliza e justifica velhas e novas formas de abuso, maus-tratos e exploração, ao mesmo tempo que se mercantiliza a dignidade e o estatuto da mulher.
“É urgente combatê-la com a vontade política, a visibilidade e os recursos necessários, prevenindo, apoiando as vítimas e erradicando todas as formas de violência”, referem.
A resposta à Covid-19 está a ter um impacto terrível e desproporcional na vida das mulheres, tornando-as extremamente vulneráveis, defende o MDM. “Num ano de grande incerteza foi de grande importância esta ação, alertando para a exploração, opressão e violência no trabalho. As mulheres estão a ser atiradas para a pobreza e exclusão social, para uma vida de extrema incerteza, insegurança e injustiça. E o poder político não pode promover nem pactuar com estas realidades”.
O Núcleo de Braga do MDM refere ainda que este é o combate do “nosso tempo”, em nome da igualdade, direitos, integridade, segurança e dignidade de todas as mulheres. “Exige-se uma verdadeira política de igualdade e que contribua para a independência económica das mulheres”.
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