“Portugal mudou muito nas últimas décadas”, disse Mário Passos nas comemorações do 50º aniversário do 25 de abril.
Lembrou que o poder local contribui, neste percurso democrático “deu-nos mais liberdade, mais desenvolvimento, melhores condições de vida e mais justiça social.” Pretende, ainda, como representante municipal “move-me a ambição de continuar este caminho ascendente de desenvolvimento e de qualidade de vida (…)”.
No início do seu discurso, o chefe da municipalidade lembrou que se há quem diga que o 25 de Abril não está completo, concorda: “O 25 de Abril nunca estará completo!” Acrescentou ser uma “conquista diária, do contributo de cada português, de cada partido de cada instituição”.
Mário Passos falou também da globalização da opinião, na era digital, lembrou os perigos da informação manipulada, “muito do que lemos e ouvimos, nas mais variadas plataformas, muitas delas travestidas de projetos de comunicação isenta, corresponde a estratégias mesquinhas a interesses encapuzados (engodos) para tentar enganar as pessoas”.
O Edil terminou o seu discurso elencando os trabalhos que estão em curso e os que em breve estarão em execução.
Tânia Silva da CDU lembrou os momentos vividos nos tempos da ditadura. “Hoje, nestas comemorações, a todos aqueles que tentarão falar grosso e em nome de quem não lhes deu procuração, a todos aqueles que venham aqui decretar que o povo não quer saber do 25 de Abril, nem das suas comemorações, deixamos o aviso de que a grande força de Abril, com fortes raízes no Povo Português, (…) estará nas ruas por todo o país a reafirmar que Abril vive e viverá”.
João Pedro CHEGA fez críticas às condições na saúde do concelho, lembrou as condições precárias em que as forças de segurança – Polícia de Segurança Pública (PSP), se encontram.
O problema da habitação esteve também no seu discurso, “dissemos aqui, em sede de Assembleia Municipal, que não eramos contra a imigração, mas sim, contra a imigração desregulada (…) que nos trará problemas gravíssimos, precaridade humana e convulsões sociais”.
Ricardo Costa do CDS-PP referiu a importância da revolução, “o 25 de Abril de 74 foi um momento de renovação e esperança para Portugal.” Lembrou, ainda, que Abril devolveu a liberdade a cada português.
Luís Miranda do Partido Socialista recordou o estado da nação antes da revolução. “Com Abril construímos e conquistamos a escola pública, o ensino superior público, o serviço Nacional de Saúde, a democratização do conhecimento, do desporto e da cultura e desenvolvemos um estado social forte e humanista que não deixa ninguém para trás.” O representante da JS de Famalicão lembrou que “não podemos permitir que o dia 25 de Abril não se torne, apenas e só, num mero feriado que justifique a nossa não ida à escola ou ao nosso trabalho”.
Fernando Costa do PSD lembrou a coragem dos capitães de Abril, que “a audácia que os fez arriscar por um país livre e justo, continue a ser uma fonte de inspiração para todos”.
Sublinhou a importância de manter e saber manter a conquista de Abril. “Que os nossos jovens festejem daqui a 50 anos o centenário da revolução dos cravos” – deixou o desejo.
Luís Ângelo, Presidente da Assembleia Municipal em exercício sublinhou, na sua intervenção que “nenhum Partido, Classe ou pessoa é detentora do 25 de Abril ou 25 de Novembro, muito menos da Liberdade”.
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