John Branco é guitarrista, vocalista e letrista do quarteto rock alcobacense Stone Dead – grupo que tem vindo a assumir um lugar notório no panorama musical português, graças ao lançamento do disco “Good Boys”, em 2017, pela ilustre editora Lovers & Lollypops, e pela consequente invejável jornada de concertos entre alguns dos maiores festivais nacionais e inúmeros palcos fora de portas.
Este ano, enquanto vai preparando a gravação do segundo longa-duração com os seus Stone Dead, começa também a levantar o véu sobre o seu projecto em nome próprio – John Branco & The Fee – tendo revelado a demo de uma faixa, “Truth”, no passado mês de Fevereiro.
Em 2003, Henrique Amoroso foi um dos membros fundadores, juntamente com Pedro Temporão, da banda pop-rock “Corsage”. Com apenas um EP homónimo editado em 2004 pela Camouflage Records, os Corsage conseguiram ver o seu registo de estreia reconhecido como o segundo melhor de 2004, segundo os ouvintes da Rádio Universidade de Coimbra, numa votação realizada no programa Santos da Casa e viram o seu vídeo “Wedding By The Mall” conquistar também a primeira posição no TOP5 do programa “Ultrasons” transmitido pela RTPN. Já em 2005, os Corsage gravaram uma versão para “Rhymes Of Goodbye” de Scott Walker, que fez parte da compilação tributo “Angel Of Ashes” editada pela Transformadores, dedicada a este artista. No seu primeiro EP, os Corsage contaram ainda com a participação de Matt Howden, que toca violino em “The Getaway” e “Friendly Sun”. Matt Howden, para além da sua carreira a solo, é ainda membro dos Raindogs, Hawthorn e Sol Invictus.
Em 2009 regressam com ‘Finito L’Amore’ , numa edição de autor com distribuição da Compact Records. Com objectivo de gravar boas canções pop existe ainda a aposta em instrumentos como o trompete, o clarinete-baixo, o violino e o acordeão, na busca de uma sonoridade variada e acessível. Deste trabalho extrai-se o tema de apresentação “All Their Faces” para a colectânea Pop Nation Vol.2, da editora espanhola Bon Vivant Records. A produção ficou a cargo de Helder Nélson (Dead Combo, Mikado Lab), com participação especial de Sanja Chakarun (que contribuiu com voz e letras), de Gonçalo Lopes no clarinete-baixo e Carlos Santa Clara, no violino. Em Maio de 2009 o reconhecimento foi além fronteiras, e o júri dos Prémios Internacionais da Música e Criação Independente, atribuiu-lhes o prémio de melhor grupo português de 2009. A cerimónia de entrega decorreu a 26 de Setembro de 2009 no Gran Teatro de Cáceres, na qual tocaram dois temas.
Em 2010 é lançado o EP digital ‘Rádio’, gravado numa sessão acústica ’ na Rádio Radar, com temas de ‘Finito L’Amore‘ e uma versão dos Magnetic Fields. Os anos 2009 e 2010 são marcados por inúmeros concertos em Portugal e Espanha. Em Abril de 2012 é lançado o single ‘Adeus Europa’, canção que conquistou algumas rádios nacionais, tendo sido considerada a canção portuguesa de 2012 pelos radialistas Pedro Ramos e Tiago Castro da Rádio Radar.
O Cd ‘Música Bipolar Portuguesa’ é lançado Junho de 2012, neste terceiro disco os Corsage deixam para trás o inglês e optam pela língua materna. São onze canções gravadas entre Maio e Julho de 2011 por Hélder Nélson (Dead Combo, etc.), e misturadas por Eduardo Vinhas (Golden Pony Studios). A masterização do disco foi feita nos Estúdios da Valentim de Carvalho. Contou ainda com a colaboração vocal em algumas canções de Selma Uamusse (Wraygunn).
Durante o ano de 2012 os Corsage passam pelo programa de televisão ‘Planeta Musica’ onde tocam três temas, pela Sic Radical, por vários programas de rádio na Antena 3, na Rádio Radar, na RUC, na RUM e têm destaque na imprensa na DIF, Le COOL, Jornal de Letras, Visão, Lx Woman, etc.
Em 2014 a banda cessou a sua actividade.
Henrique Amoroso, em período pós-trombalescência devido ao final dos Corsage, decidiu mostrar-se ao público com novas composições, novos passos de dança e novos batimentos electrónicos em detrimento dos convencionais. Findaram as dúvidas – os Corsage apagaram a luz e o Henrique foi buscar o gerador à casa do Tio artista, Soviético, e seguir o seu caminho, feito gambiarra kamikaze ou pirilampo trágico.
Aquando da estreia mundial no mundo português, embalado feito bola de canhão humano em papel de c’est la femme, implode então na edição física dos Novos Talentos Fnac 2015, com o “Varão no Fontória”. Estatelado à parte, estreia-se oficialmente na escrita de canções, mais pessoais e intransmissíveis, como nos antigos cartões de videoclubes locais. A doce colisão frontal – com banda, ao vivo e a dores – entre a insuportável leveza do ser e o peso da herança pop-escroque.
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