Jorge Paulo Oliveira levou ao debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, as matérias de Saúde e Segurança no concelho.
O deputado à Assembleia da República, Jorge Paulo Oliveira, questionou a ministra da Saúde, sobre a falta de médicos de família em Famalicão. O social democrata disse a Marta Temido que este “é um problema” em Famalicão e “as estatísticas oficiais dizem-nos que o problema se agravou”. Segundo Jorge Paulo Oliveira “Em outubro de 2019, 371 famalicenses não tinham médico de família atribuído. Em outubro de 2020, esse número é de 8.898 utentes, ou seja, uma subida de 2.300%”. Questionada a ministra da Saúde sobre o que tinha a dizer “aos perto de nove mil famalicenses sem médico de família”, Marta Temido não disse.
Ao longo da sua intervenção o deputado famalicense elogiou todos aqueles que trabalham no Serviço Nacional de Saúde e que “não desistem dos seus utentes”, circunstância que atenua “as graves deficiências” que se verificam no concelho ao nível da prestação de cuidados de saúde à população.
No mesmo sentido, a ação da Câmara Municipal de Famalicão, também foi enaltecida. Jorge Paulo Oliveira aludiu, entre outros, aos investimentos da autarquia na “Clinica da Mulher, da Criança e do Adolescente” e no edifício de apoio à urgência, em Famalicão, do Centro Hospitalar do Médio Ave, destinado a apoiar o hospital no combate à pandemia.
Quartel da GNR de Riba de Ave
Também o dossier do Quartel da GNR de Riba de Ave foi levado ao debate na especialidade da Proposta do Orçamento do Estado. Dirigindo-se ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, o deputado famalicense denunciou as sucessivas mudanças de opinião do Governo quanto à solução a adotar para o Posto da GNR daquela vila. Jorge Paulo Oliveira, lembrou que, em junho de 2017, o Governo defendia que a solução passava pela construção de um quartel de raiz, mas que, no final desse ano, a solução se iria traduzir numa remodelação do atual edifício para, em setembro de 2019, a solução voltar à primeira forma, “mas por pouco tempo”, já que em maio do corrente ano o Governo adiantou que teríamos de “equacionar a adaptação do antigo e desativado quartel dos Bombeiros voluntários daquela vila”.
Em face de sucessivos anúncios, sempre acompanhados das garantias de que os projetos já estavam em execução, mas nunca materializados, “vamos chegar a 2021, ou seja, ao fim da dimensão temporal da Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos com o problema do Quartel da GNR de Riba de Ave por resolver”, disse Jorge Paulo Oliveira, dirigindo-se a Eduardo Cabrita, a quem acusou de “embustear” a população de Riba e Ave. Este não respondeu, mas o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna confirmou que a adaptação das antigas instalações dos bombeiros de Riba de Ave é a solução pensada e que o Governo está em vias de agendar a celebração de um protocolo com a Câmara Municipal para avançar com este processo, o que significa, uma vez mais, que a autarquia vai ser chamada a ajudar um problema que é unicamente da responsabilidade da administração central.
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