Polícias da PSP e guardas da GNR, a que se associaram agentes prisionais, manifestaram-se no Porto, ontem. Foram uns 20 mil. Repetem-se, pelo País, concentrações de elementos das Forças de Segurança.
Reivindicam o pagamento de um suplemento de missão, a valorização das carreiras e um vencimento condigno. Faz anos – alguns – que vêm denunciando o que pretendem.
As nossas polícias bateram no fundo, aliás, como outras profissões, como os professores, os médicos, os enfermeiros e tantos outros. Os sucessivos governos têm desvalorizado muita da nossa gente, os que nos devem ensinar, os que nos podem valer na saúde, os que nos protegem, dando segurança, além de outros.
As polícias desesperam. Em mais de duas dezenas de anos, os agentes da PSP e os guardas da GNR, a que acrescentamos muitos dos seus graduados, estão no grau zero profissional. Regrediram.
O panorama das nossas Forças de Segurança é dos mais ridículos e graves. Sem coletes à prova de bala que os protejam, sem gás pimenta para intervir, com carros patrulha desgastados e sem seguro e, ainda, grande parte das esquadras sem condições de trabalho.
Revolta, também da parte dos paisanos, os Cidadãos, perceber estas realidades.
Os Governos têm olhado para o lado. Os políticos, a maioria dos que não são governantes, os deputados, assobiam, também, para o lado. Dizem que não há dinheiro para tudo. Mas perguntamos, inocentemente: para onde vai um mar de massa, de tantos impostos que nos cobram?
Avalia-se que o Estado gere mal a coisa pública, o que tem nos seus cofres. Desbarata. E, ainda por cima, alguns dos seus actores, metem-se em negociatas…Mal vai um País quando os seus governantes e a sua classe política se descredibiliza, tantos os casos que vêm à luz do dia. Tanta a mão na massa…
Um dia um político deixou dito, em tom irónico: “se os ricos e os políticos não cuidarem da saúde dos pobres…serão estes, também um dia, a cuidar da saúde àqueles”.
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