Vai de se fazer a trouxa. Cheira a férias. Tudo ou quase tudo encerra. Tudo descansa, a força laboral, seja braçal ou intelectual, tem dias de lazer, de celebrar o descanso… o que nos possa saber melhor para desanuviarmos a vida, descativarmos rotinas e nos despregarmos de estrafegos que nos comem a paciência e nos moem os fígados. Que os horários possam ir às malvas.
Agosto é, e por excelência, o mês das férias. É tempo de verão. E, este ano, tem estado a ferver, com temperaturas acima dos 40. Com fogos a dar com pau, matando a floresta e a nossa mancha verde. Afligindo-nos.
Agora, deixemos as nossas preocupações. Aproveitemos para nos espreguiçarmos, colocar sonos em dia, desligar o despertador, amadurecer cada passo com tempo, retirar-nos do ramerame do dia-a-dia do ano, fazer o que nos apetecer e mais nos dá prazer, caminhar sem destino, bocejar para soltar insónias, reparar energias, retemperar forças, regenerar a mente, expulsar fadigas, reestabelecer projectos, moderar esforços, passear e deixar andar… recapitulando para cada um se ouvir: está de férias, seja cá dentro, lá fora ou entre portas, em casa…encontre a ecologia do coração, na versão do Papa Francisco… Olhe para si e para a natureza.
O espírito precisa, também, de férias porque a nossa parte emocional e sentimental está carente de se refortalecer, de apagar energias negativas, de restabelecer cargas e de se conectar ao profundo do nosso ser, o que a nossa alma guarda e resguarda.
Todo o homem, mesmo que não tenha tempo para parar – pensamos que somos máquinas de trabalho – deve exigir desligar-se da ficha das tarefas intensas, dos afazeres que esmagam, de ser fustigado por demasiadas coisas e de não ter espaço para se entregar a algum lazer e divertimentos…
Cada um de nós está carente de virar as costas a tanto bulício quotidiano. O Papa exorta-nos :“Só o coração que não se deixa levar pela pressa é capaz de se comover, isso é, de não se deixar levar por si mesmo e pelas coisas a fazer, e de perceber os outros, suas feridas e suas necessidades. A compaixão nasce da contemplação”. As férias são para nos contemplarmos e olharmos em nosso redor… Para gostarmos de nós, como somos. Boas Férias e ligue para nos ver, também lhe fazemos bem…
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