A marcha LGBTQIAP+ de Famalicão sairá à rua, na tarde do próximo sábado, pelos 15h, tendo como ponto de encontro a Praça Dona Maria II (junto à Fundação Cupertino de Miranda).
Em nota de imprensa, a Comissão Organizadora da ação refere que o evento é, acima de tudo, uma “manifestação, com cariz social, mas também político. A comunidade LGBTI+ pretende sair à rua para consciencializar e reivindicar políticas sociais e de proteção ao poder local“.
O Manifesto da Marcha, enviado à redação, traça um retrato da comunidade LGBTQIAP+ em Portugal, abordando, ainda, o panorama local e internacional. Apresenta críticas ao Governo, à Câmara Municipal de Famalicão, à União Europeia e aos Estados Unidos da América.
“Em Famalicão, o poder local, faz deste tema um não assunto, no entanto, são necessárias políticas de inclusão e de proteção. Por essa razão, exigimos que o poder local se retrate e comece a trabalhar nestas questões, disponibilizando-nos a trabalhar em conjunto sobre estas temáticas“, salienta o comunicado enviado à redação. Para a Comissão, é necessário garantir que nenhum membro da comunidade LGBTI+ seja “perseguido, maltratado, agredido por amar ou ser elu mesmo“.
“Não aceitamos que a comunidade LGBTI+ famalicense continue a ser ignorada, exigimos reconhecimento e respeito, queremos políticas municipais que nos protejam de qualquer tipo de preconceito”, pode ler-se no comunicado enviado à redação“, pode ler-se ainda.
São referidas várias exigências ao governo e à Câmara Municipal, designadamente: a criminalização das “Terapias de Conversão”; a criação de Espaços de Apoio à vítima LGBTI+; a reestruturação do SNS para que consiga atender problemas particulares da comunidade LGBTI+; a capacitação dos recursos de saúde para que esta tenha os conhecimentos necessários e recursos para atender toda a comunidade; a celebração do Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia – 17 de Maio, visibilizando as pessoas, entidades e as reivindicações LGBTI+ (Hasteando a Bandeira LGBT) e o apoio à Marcha do Orgulho LGBTQIAP+ de Famalicão.
Pretende-se, ainda, a criação de espaços de Apoio à vítima LGBTI+; a criação de um centro municipal LGBTI+ com disponibilidade de atendimento nas áreas de violência e discriminação, empregabilidade, saúde e apoio integral para pessoas trans; e a criação de apoio para a habitação, para vítimas de violência LGBTI+.
Diogo Barros, porta-voz do GAPQ e da Comissão, vê esta manifestação “como um momento histórico para a luta dos direitos humanos no concelho“. Relembra que o distrito de Braga, é a localidade com mais Marchas LGBTQIAP+ do país, este ano, considerando que tal feito, “resulta de um grito de revolta da comunidade LGBTI+, que exige respeito e pretende quebrar as correntes do conservadorismo e dos tabus existentes na sociedade“.
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