A advogada famalicense Margarida Malvar foi homenageada, recentemente, na Casa das Artes, na nossa terra.
“As homenagens não se pedem nem se recusam; aceitam-se. Mas, esta é especial para mim, porque demonstra que há famalicenses com memória, que lutam contra o esquecimento”, manifestou Margarida Malvar.
A iniciativa, que coube à Associação Casa da Memória Vida de Famalicão, contou com a presença de muitos amigos e colegas da homenageada, assim como do Presidente do Município e da representante da Delegação Concelhia da Ordem dos Advogados, respetivamente, Mário Passos e Liliana do Fundo.
Um concerto pelo Coral de Letras da Universidade do Porto e poesia marcou essa cerimónia.
O Chefe da Edilidade destacou o “exemplo de cidadania” que emerge do trajeto de vida de Margarida Malvar, uma “advogada e cidadã – disse – com uma vida pautada pela defesa dos direitos, liberdades e garantias”. Para o edil, é mesmo um caso de “exemplaridade que orgulha Famalicão”, cujo município serviu como vereadora, entre 1882 e 1985, e deputada municipal, nos anos seguintes. Por isso, recordou Mário Passos, em 2004, foi agraciada com “Medalha de Honra do Município”. No final da sua intervenção, o presidente da Câmara presenteou a homenageada com um ramo de flores e um presépio em barro, produzido nas oficinas da Fundação Castro Alves.
A presidente da Delegação Concelhia da Ordem dos Advogados, Liliana do Fundo, realçou o perfil da homenageada, ao precisar que Margarida Malvar denota um “enorme respeito e prestígio”, aliás – referiu – “que goza entre a classe”. Destacou, ainda, o seu passado de causas, para afirmar que a homenageada “orientou a sua vida profissional exclusivamente pelo serviço ao Direito e à advocacia”, sendo hoje “referência de honorabilidade” para todos os advogadores portugueses, cuja Ordem lhe atribuiu, em Maio último, a sua “Medalha de Honra”.
Na sessão, usou da palavra o Presidente da Direção da Associação organizadora do tributo público à primeira famalicense a licenciar-se em Direito e a abrir escritório de advocacia no concelho. “Na comunidade famalicense, Margarida Malvar é uma das nossas luzes de Natal que brilha com mais intensidade e durante todo o ano. Compete-nos tratar bem dessa luzinha radiosa e fazer dela farol para o nosso dia-a-dia. A nossa vida em comunidade melhorará, seguramente”, afirmou Carlos de Sousa.
Pelo palco do grande auditório da Casa das Artes passou também o violonista brasileiro Paco Nabarro e, ainda, tempo de poesia com Cristina Pizarro e poemas de Salvador Coutinho.
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