Em quase seis meses, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão estima ter poupado 63 milhões de litros de água, depois de ter desativado todos os sistemas de rega automáticos do concelho.
Esta é apenas uma das medidas implementadas, como é referido em nota de imprensa. O Presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, fala em “pequenos gestos e soluções” que a autarquia vai encontrando para fazer frente “à pior seca que alguma vez vivemos”. Sendo urgente modificar a forma como se utiliza a água, o autarca apela aos famalicenses para que continuem a fazer um esforço para reduzir o consumo diário deste recurso.
Outra das medidas implementadas foi a reativação de algumas captações de águas subterrâneas, nomeadamente poços existentes nos espaços verdes do concelho. “As águas subterrâneas eram já utilizadas na gestão do Parque da Devesa e do Parque de Sinçães e a solução foi agora implementada nos jardins da Praça D. Maria II e chegará, em breve, ao Parque 1.º de Maio”, pode ler-se ainda no comunicado.
No que toca à manutenção dos espaços verdes do concelho, estão a ser implementadas soluções mais sustentáveis, que permitem uma utilização mais regrada da água. Nomeadamente, a aposta em plantas autóctones, prados de sequeiro e prados floridos que não apresentam tantas necessidades hídricas.
De notar ainda que, recentemente, ficou concluída a colocação de equipamentos de medição/controle do caudal e da pressão da água pública em vários locais. Com esta medida, a autarquia pretende reduzir, significativamente, as perdas de água no sistema de abastecimento, contribuindo para uma maior eficiência ambiental e económica do município.
No final de junho, mais de um quarto do país estava em seca extrema (28,4%), verificando-se um aumento em particular na região Sul e em alguns locais do interior Norte e Centro, segundo o IPMA. O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%).
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