Servir os outros, de qualquer forma e feitio, diria desse jeito, é um acto de humildade e, também, de sabor humanista e cristão.
Há quem sirva às mesas, nos restaurantes. Há quem recolha lixos por essas terras fora. Há quem reparta uma sopa ou um pão, matando a fome aos que vagueiam. Há milhares de médicos que tratam, a qualquer hora sem olhar a sacrifícios, os que padecem no leito de uma cama hospitalar ou de casa. Há centenas e centenas de enfermeiros que se dão aos doentes. Há magotes de bombeiros que salvam pessoas e bens, em incêndios, em acidentes e ou sinistros. Há milhares de polícias ou guardas, em vigilância diurna e nocturna, que nos protegem, a par dos nossos bens. Há muitos professores que se entregam ao seu míster de ensinar. Há certos alunos que se dedicam a estudar para serem gente, alguém… Há agricultores que semeiam, de sol a sol, para nos dar o pão nosso de cada dia. Há pescadores que se derretem no mar para que possamos comer o peixe dos nossos sabores. Há motoristas que nos conduzem para o trabalho ou nos entreguem encomendas. Há maquinistas e revisores que labutam para nos transportarem. Há alguns funcionários, de todos os sectores, que se dão, em cortesia e bons modos, para que possamos resolver o que queremos. Há jornalistas a elaborar, a todas as horas, notícias e reportagens, contribuindo para a liberdade e para a democracia.
Há tanta gente que sabe servir. Gente boa, urbana e gentil que torna as nossas vidas menos amargas, facilitando a nossa jornada diária. Há tanta gente que tem um coração enorme que irradia uma luz de serviço, de entrega ao outro e de o fazer feliz. Há gente que – olha-se para os olhos e topa-se a sua grandeza e profundidade de alma – só sabe servir o próximo, porque entendeu a sua missão.
Há tanta gente que brota, mostrando nas suas palavras, nos seus actos, nas suas atitudes, e na sua forma de estar e de ser, raios de esperança que dá gosto lidar com elas.
Há gente que nasceu para servir, mas sem servilismos. Há gente que caminha para dar nota de que missiona, na vida, para se entregar ao próximo.
Há gente que tem de ser ensinada, em casa, na escola e noutros lugares do nosso andamento e convívio diário, a servir.
Há gente que não deve ter temor de servir o outro. Há gente, em humildade, que serve o próximo, mas sem dar nas vistas, porque a sua simplicidade o motiva a recatar-se e a deixar-se de exibicionismos. O jornalista que cumpre é o que não tem medos e assinala os erros e a falta de profissionalismo dos que são desalinhados do seu dever, o da divisa de saber servir, em missão.
Servir o outro é ter esperança de mudança, do Homem e do Mundo
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