Deixem-me perguntar aos senhores políticos – governantes, deputados e outros responsáveis que assentaram corpo nos Departamentos do Estado – o que fizeram, enquanto desempenharam cargos, por este País?
E quero perguntar-lhes isso mesmo, pela razão simples de que, passados estes anos todos, o País está a desfazer-se com problemas graves. Estão a ser comprometidas profissões-chave: médicos, enfermeiros e técnicos de saúde; polícias da PSP e guardas da GNR (forças de segurança); professores e outras figuras do universo do Ensino; oficiais de justiça; agricultores, produtores de leite e de frutas (sector da terra); além dos que não se sabe… E a generalidade dos vencimentos são de ordenado mínimo.
E mais quero perguntar mas, e nesta interrogação minha que é de muitos portugueses também, virado para a maioria dos deputados, das últimas 5 ou 6 Legislaturas (alguns andam por lá já faz esse tempo todo): os senhores, de forma abusiva, porque em causa própria, têm legislado, aumentando-se, principalmente no que toca a subsídios disto e para aquilo, com relevo para Comissões e não só e, ainda, para deslocações, num destempero pelo que é admissível. E, se me permitem, usando de viver em Democracia e, também, do dever de Cidadania, quero perguntar-lhes: os senhores têm, nas costas dos portugueses, passado ao lado do escrutínio público e geral, dado emprego a filhos de simpatizantes, de amigos, de afilhados e de outras pessoas do arco de cada um dos vossos partidos. Que despautério…
E têm aberto as portas a essa gente, usando das vossas cunhas, das vossas influências políticas, ficando prisioneiros de favores. O mesmo se tem passado nalgumas autarquias, onde se engordaram os lugares de funcionários, agigantando a despesa dos Municípios. Despesa que representa, em muitas Câmaras, mais de 60% dos respectivos Orçamentos.
Um panorama que começa a desagradar a muitos portugueses…A política faz-se e deve cumprir-se com a lisura de processos e sem o condimento das cunhas. Também com o escrutínio para que o Estado Democrático e de Direito se cumpra, em plenitude.
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