Um verdadeiro terrorismo económico é como se podem qualificar as greves que os sindicatos da CP – dezassete – vêm prosseguindo, já faz 1 ano, numa escalada de atentados aos empregos de uma considerável percentagem de portugueses que, por falta de recursos, utilizam, diariamente, os comboios, no todo nacional, para as suas deslocações.
Há dias, uma Rádio Nacional, de grande projecção e de pergaminhos na arte de informar, dava a voz a dois jovens que desabafavam, afirmando que a sua única maneira de chegar aos seus postos de trabalho, era o comboio. Quase chorando, despejaram críticas à CP, para dizerem que perder os seus empregos, o ganha pão de cada um…era atirá-los para a desgraça ou, pior – não tiveram rebuço em o dizer – para o roubo, porque a fome espreita.
A CP convida-nos, porque somos utilizadores frequentes, também, a traçar-lhe o quadro do que temos passado, por todo o mar de má gestão e de empresa que circula ao deus dará.
Ainda esta semana, no domingo passado, o regional de Coimbra para Aveiro, aguentava com 30 minutos de atraso. O urbano do Porto, de Aveiro para essa Capital do Norte, com 12 minutos, também de atraso. Isto da parte da manhã. À tarde, na estação de Aveiro, o desnorte total, também pelos sucessivos atrasos, de todas as composições, pelo menos dos InterCidades e dos Alfas, tanto os proveniente do Norte, como os vindos do sul. E, na instalaçõa sonora, o ridículo das informações. Está a dar entrada… e nem vê-lo, ao comboio. O Intercidades, de Lisboa para o Porto, com atraso de 12 minutos, acabou por atrasar o Alfa… para arrelia dos passageiros. Mas no placard informativo digital… a nota de que o Alfa iria chegar quando, afinal, era o InterCidades que o estava a fazer… Enfim, não quero acreditar que, pelo Mundo, exista uma empresa tão ao desnorte como a nossa CP…Agora, ficamos a saber que nos Alfas e InterCidades os bares servem, apenas, água. A empresa que tinha o contrato para esse serviço, pelas greves sucessivas, deve ter – e bem – declinado esse Acordo com a CP.
Os sindicatos rodam, entre si, para parar a circulação. Uma semana, é o dos maquinistas; para a outra, é o dos revisores; para mais outra, é o dos controladores de trráfego; daqui por duas semanas, é a dos bilheteiros e os que estão afectos às infraestruturas; mais adiante, é a de outro sindicato de qualquer coisa…
O Ministro, o novo, o Galamba… nem uma palavra sobre a CP e as respectivas greves. Uma empresa que, e como já o deixámos aqui referido, mais que uma vez, está falida tecnicamente, com mais de 1,8 mil milhões de prejuízos. É caso para dizer: PAGA ZÉ.
Hoje, e com a promessa que vamos fazer chegar, aos deputados pelo Círculo Eleitoral de Braga, este nosso Editorial, o nosso Órgão de Comunicação Social assume que vai convidar esses representastes políticos para, durante 1 dia, viajar na CP. Para que cada um deles, do PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal, possam avaliar o que todos nós passamos, diariamente, assim como possam pressionar o Governo a tomar decisões, antes da aventura do TGV. Que os nossos deputados, os de Braga, tenham a coragem de ouvir a Administração da CP para que essa empresa se venha a reestruturar podendo prestar um serviço essencial ao País e aos portugueses.
António Barreiros
Comentários sobre o post