Cientistas da Unidade de I&D Química-Física Molecular (QFM), da Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade de Coimbra (FCTUC), está a estudar o espólio egípcio do Museu Nacional do Brasil, destruído no incêndio de 2018.
“Determinar qual a temperatura a que os ossos foram queimados, que contaminações apresentam e que possíveis patologias tinham” está a ser a motivação daquele grupo de investigadores.
Maria Paula Marques, professora do Departamento de Ciências da Vida (DCV) e investigadora na Unidade de QFM-UC, explica sobre o tema: “Por exemplo, se os vestígios ósseos tiverem sido queimados a uma temperatura baixa a moderada (até 400ºC), possuirão ainda proteínas (colagénio), assim como vestígios de lípidos (gorduras)”. Por outro lado, continua a mesma docente, “se tiverem estado expostos a temperaturas acima dos 600 ou 700ºC não apresentam nenhum componente orgânico (como proteínas ou lípidos), restando apenas a matriz mineral cuja estrutura se vai modificando à medida que a temperaturas de queima aumenta. Tudo isto é avaliado através das técnicas específicas utilizadas neste estudo”.
Para além dos professores Maria Paula Marques e Luís Batista de Carvalho, participam neste estudo Ana Brandão (QFM-UC), David Gonçalves (Direção-Geral do Património Cultural), Victor Guida de Freitas, Cláudia Rodrigues-Carvalho e Murilo Bastos (Universidade Federal do Rio de Janeiro).























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