«Foi trabalhosa» e ao terceiro ano a comissão de festas da Senhora da Abadia, na freguesia de Abade de Vermoim, realizou a romaria à padroeira.
“Penso que fizemos um bom planeamento, (…) que entretanto foi interrompido pela pandemia, algumas atividades ficaram suspensas. Entretanto, com o desconfinamento a gente foi retomando algumas atividades”, contou Lucinda Santos, Juíza da Festa.
No momento atual as Romarias vão perdendo o interesse pelas pessoas, principalmente os mais novos, que com novas ofertas de entretenimento, vão sendo deixadas afastadas destes costumes. “Nós queremos que isto continue, que não pare, não é?”, realçou Nelson Araújo, Juiz da Festa, lembrando que “temos que ensinar os nossos filhos que isto é… que é o futuro, não é só redes sociais, é conviver, é muito bom!”
O cartaz marcava três dias de atividades, tanto religiosas como culturais. Na Sábado, o lugar de Tojal, assim conhecido noutros tempos, saiu a procissão de velas em honra à Senhora de Fátima. Esta percorreu as principais ruas da freguesia até à igreja paroquial.
A tarde de domingo ofereceu o que de melhor tem o Minho, nas suas tradições: as danças e cantares e o colorido dos trajes de dois grupos de folclore – Rancho Folclórico São Pedro de Bairro e Rancho Folclórico Santa Marinha de Mogege. A noite de véspera para honrar a padroeira, levou ao palco o Grupo Solitários, o adro estava animado e o convívio fazia-se sentir, aqui e ali. À meia-noite em ponto o fogo-de-artifício, com muita cor e magia.
A manhã de domingo iniciou com música, pelas ruas da freguesia. Era o momento de recolher os elementos da Comissão de Festas. Um a um iam-se juntando, terminando na Igreja Paroquial, para a Eucaristia Solene em Honra à Senhora da Abadia. No final da cerimónia à padroeira, a oferta de um ramo de flores, da Comissão de Festas, colocado no andor.
À tarde a banda atuou para quem aguardava pela procissão que aconteceu, já próximo do final da tarde. Como é habitual, os andores e figurantes alinharam-se. O andor da Senhora da Abadia foi transportado num carro dos Bombeiros Voluntários de Famalicão. Atrás do Pálio, com o Santíssimo Sacramento, seguiam as entidades civis, Manuel Alves, presidente da Junta da U. F. Antas e Abade de Vermoim, acompanhado pela vereadora da C. M. Famalicão, Sofia Fernandes.
As despedidas da banda Marcial de Arnoso e dos escuteiros, no adro da Igreja a merecerem os aplausos dos romeiros que ali se deslocaram.
“Dá muito trabalho, mas no fim é muito gratificante”, sublinhou Nelson Araújo.
A pensar no ano seguinte foi deixada a nova lista com os nomeados para organizarem e realizarem as festas de 2023:
Homens:
Juiz | Ernesto Jorge Monteiro da Silva – Rua das Alminhas Roubadas
Mordomo 2 | José Costa e Silva – Rua 25 de Abril
Mordomo 3 | Luís António Ferreira Miranda Silva – Rua 25 de Abril
Mordomo 4 | Tiago José Pinto Machado – Travessa da Seara
Mordomo 5 | Luís Gomes Carneiro – Rua Senhora da Abadia
Mordomo 6 | Rui Filipe Ribeiro Matos – Rua Senhora da Abadia
Mulheres:
Juíza | Marta Manuela da Silva Ferreira – Rua da Cruz
Mordoma 2 | Cecília Adriana Martins da Silva – Rua 25 de Abril
Mordoma 3 | Ana Rosa Lopes Pacheco Ventura – Rua da Seara
Mordoma 4 | Vera Mónica da Silva Gil – Rua 25 de Abril
Mordoma 5 | Maria da Conceição Alves Oliveira – Rua Camilo Castelo Branco
Mordoma 6 | Maria do Carmo Santos da Silva – Rua 25 de Abril
“Esta é a freguesia mais pequena do concelho, não?”, questionou o padre Manuel António e simbolizou: “depois de três anos de pandemia, é assim dar um… tirar um capote e dizer, começou outro tempo, acabou o vírus, deixemo-nos de coisas, vamos sair de casa e viver a vida.”, lembrou o pároco da freguesia. A vida continua, “ter cuidados é necessário”, mas viver as romarias e conviver é, também, necessário, adiantou o representante eclesiástico.
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