A Comissão Política Concelhia do PSD afirmou que em Vila Nova de Famalicão, “a prestação de cuidados de saúde à população, cuja responsabilidade cabe ao Governo Central, apresenta graves deficiências”.
Em comunicado, a força política refere que a situação só não é mais crítica pois todos aqueles que trabalham no Serviço Nacional de Saúde não desistem dos seus utentes, e porque “a Câmara Municipal nunca falta aos famalicenses”.
Neste âmbito, na nota enviada à redação, descreve várias obras que aconteceram sobre a atuação da Câmara Municipal, e sem o apoio do Estado. Nomeadamente, a promoção de consultas de medicina dentária gratuitas; o investimento na Clínica da Mulher, da Criança e do Adolescente; a criação de um edifício de apoio à urgência; o acompanhamento domiciliário; e ainda a requalificação e ampliação da Unidade de Saúde Familiar de Requião.
Sobre esta última intervenção referida, o PSD de Famalicão aponta que é “indecorosa a acusação do PS local dirigida ao Presidente da Câmara Municipal sobre a apropriação da cerimónia de lançamento da requalificação e ampliação da USF de Requião para a sua promoção pessoal”, face a uma obra “que é da responsabilidade da Administração Central, mas que não recebe qualquer financiamento do Orçamento do Estado”.
“Nos últimos 6 anos, se excluirmos a criação de um gabinete médico extra na Unidade de Saúde Familiar de Ribeirão, os sucessivos Governos de António Costa não fizeram um único investimento digno desse nome nas unidades de saúde em Famalicão. Tão pouco concretizaram as sucessivas promessas de reabertura das Extensões de Saúde do Louro e de Arnoso Santa Maria, o mesmo sucedendo com a prometida construção de uma nova unidade de Saúde na freguesia de Vale S Cosme, onde diziam, não faltava nem dinheiro, nem terreno, mas apenas vontade política”, pode ler-se ainda.
É ainda referida uma “discriminação negativa” de Vila Nova de Famalicão, em relação a Santo Tirso, no que diz respeito ao investimento por parte do Governo. Dá o exemplo do Centro Hospitalar do Médio Ave, referindo que “não subsistem quaisquer dúvidas de que o Ministério da Saúde olha de maneira diferente consoante se trate da unidade hospitalar de Famalicão ou da unidade hospitalar de Santo Tirso”.
A Comissão Política Concelhia do PSD fala de um silêncio por parte do PS face a estas “atitudes discriminatórias”, como caracteriza. “É importante recordar que, em 2007, quando o Governo de José Sócrates criou o CHMA, juntando as unidades hospitalares de Famalicão e de Santo Tirso, para espanto de todos e com o silêncio comprometido do PS local, a sede ficou em Santo Tirso”, remata.
Em conclusão, acusa, assim, o PS de Famalicão de estar “mais preocupado em defender as medidas, mesmo que erradas, ou a ausência delas”, do que “assumir uma postura reivindicativa, capaz de zelar pelos interesses dos famalicenses e resolver as necessidades locais”.
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