O Homem, animal racional, multiplicou-se e acantonou-se em zonas diversas do Globo a que chamamos hoje Nações.
Estes reivindicaram os seus usos e costumes e foram registando por escrituras o que chamamos hoje “Constituição” base fundamental para se gerirem os ditos usos e costumes.
Lamenta-se profundamente que as Nações só pensem na lei dos mais fortes, ignorando os frágeis, os abandonados, os infelizes, etc., etc.
A natureza cansada de anomalias constantes e diversas, decide castigar e, apresenta-se com água, fogo e vulcões que destroem o que o homem decidiu fazer sem acautelar o inimaginário poder.
Tudo isto para dizer que em Portugal, por exemplo, na época dos fogos é uma tragédia onde no passado era um jardim de rosas e laranjeiras à beira-mar implantado e o interior a cheirar a jasmins era o “Slogan” da nossa imagem convidativa ao turismo que saudavelmente nos visitava e decidiu ficar.
Há uns anos a esta parte o jasmim tornou-se num inferno carregado de diabos que nunca aceitaram a perspectiva do progresso e da defesa do seu próprio ambiente.
É terrível concluir que ninguém aceitou com rigor, transparência e liderança este processo devastador, que todos os anos somos obrigados a lamentar e a perguntar:
Onde está o poder de Liderança?
Onde está a fiscalização?
Onde estão os terrenos limpos com base na lei vigente?
Porquê tanta ignorância?
Porquê o espectáculo dos nossos governantes em geral?
Porquê a falta de meios básicos?
Porquê a falta de justiça na decisão das penas?
Porquê a falta de população humana no interior do País?
Porquê ainda não ter sido resolvido o problema da catástrofe anterior com 5 anos de sofrimento e impasse?
Porquê não ter havido uma pré-campanha de sensibilização orientada pelo Poder Local e apoiada pelo Governo?
Porquê não criar espaços pontuais com água das chuvas, capazes de suportar um foco com a devida antecipação?
Mais e muitas mais iniciativas podiam ser fruto do sucesso que, certamente, o País estará de acordo e em conjunto poderíamos definitivamente acabar com este pesadelo.
Pergunto-me onde está o dinheiro para este mega projecto? Eu diria que no Novo Banco, na TAP, no dono da armada flutuante do rio Douro e da Bazuca esta, terá que ser rigorosamente fiscalizada por vários cães especialistas para não se deixarem subornar.
Depois deste desabafo, a minha consciência obriga-me a registar que o Estatuto do Combatente então obra de um partido que disse ter sempre a porta aberta para diálogos, nós, combatentes e no final de vida, andamos por aqui a pedir apoios para nos entregar um documento que permita viajar 26 Km. Senhor Deputado da porta aberta, feche-a e pense, porque vocês fizeram um Estatuto só para Lisboa e Porto. Lamentamos senhor deputado da porta aberta.
Nesta data, como sequência de tudo o que foi dito e registado, os combatentes vivos, continuam a aguardar direitos prometidos. Os Governos foram e são todos anti-combatentes que nós, reconhecemos pelas promessas que encheram programas e nunca resultaram.
Esta situação é uma ameaça à dignidade do combatente que, cansado de esperar pela justiça irá pensar no que fazer no futuro para conhecimento ao nível nacional e o mundo em geral.
Foram vocês governo que no passado, venderam as nossas províncias a troco de nada e abandonaram milhares de portugueses que lutavam contra um inimigo desconhecido e finalmente, sentados em Lisboa apenas diziam: o povo é sereno mas a injustiça, era a cobardia pura e crua dos acontecimentos.
Onde está a democracia? Onde está a fidelidade ao povo natural e residente naquelas províncias?
Como é possível acreditar nos mesmos dirigentes da época por nós considerados traidores.
Eu e milhares como eu defendíamos a nossa Pátria e não merecíamos este fim.
Disse,
Vila de Ribeirão, 18 de Julho de 2022
José Ferreira dos Santos
Comentários sobre o post