Um jovem agrediu outro, numa escola. Este tipo de notícias é recorrente, porque nas redes sociais, onde circulam ódios, rancores e mensagens de estupidificação, apela-se à fúria, a rixas e a agressões como forma de não se respeitar o outro ou de se resolverem contendas.
Neste caso, que aconteceu dias atrás numa escola da Moita, o agressor sovou um colega autista. Foi selvático. Foi animalesco. Portanto, não merece andar na escola, que deve ser um espaço de convivências, de respeitos, de amizades, de diálogos, de aprendizagens e de se saber elevar a Cidadania, percebendo-a.
Esse agressor deve viver numa jaula, onde possa ficar a olhar a liberdade dos outros e a forma como se vive em comunidade. Esse agressor deve ser justiçado com uma sentença que o atire para uma Instituição que lhe ensine a perceber o “mundo” dos autistas, o dos seus colegas – o gordo, o baixinho, o cheio de tiques, o que se apresenta mal por dificuldades caseiras, a menina muito branquinha cuja pigmentação da pele lhe faz aparecer sardas, o preto, o chinês de olhos em bico e outros – porque a escola deve ser o primeiro banco de inclusão, de todos, para todos e com todos.
Esses agressores que andam por aí, nas escolas e noutros espaços sociais, até nos campos da bola, são, deixem-me afirmar o que penso, fruto de pais que não sabem, em casa, primeiro balcão de educação e de civismo, dedicar-lhes tempo para lhes transmitirem valores da vivência social, principalmente das que mais necessitam, como autistas e outros.
Convoco para este Escaparate da Redacção, elevando a sua intervenção não só imediata mas, também, oportuna, da Federação Concelhia das Associações de Pais de Vila Nova de Famalicão, a propósito desse registo numa Escola da Moita. Federação que se mostra preocupada com as situações recorrentes, solicitando prevenção e intervenção. Pergunta – e bem – como pode ter acontecido sem a presença de ninguém do universo escolar a travar esse desmando. Conclui, pedindo acções concretas por parte da comunidade escolar, mesmo dos que, filmando, não tentam, em conjunto – a união faz a força – travar as loucuras e insubordinações de arruaceiros que não podem nem devem ter permissão para viver em comunidade e em liberdade.
Da nossa parte, a certeza de que saberemos denunciar e estaremos abertos a esta e a outras Federações ou Associações para debatermos o tema e outros, os quais possam molestar e diminuir o nosso próximo, aluno, trabalhador ou apenas cidadão.
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