Foi revelado um monumento funerário megalítico no Monte do Oural, no concelho de Vila Verde, por uma equipa de arqueólogos e estudantes da Universidade do Minho, informa o Município vila-verdense, em comunicado.
O objetivo é assegurar a musealização de um valioso achado patrimonial, cuja construção terá ocorrido entre 4 000 a 3 000 anos antes de Cristo, pode ler-se na mesma nota.
O arqueólogo coordenador dos trabalhos, Luciano Vilas Boas, refere que a área envolvente é rica em património arqueológico, identificando a existência de mais três monumentos megalíticos de cariz funerário e um conjunto de arte rupestre. Com estas descobertas, podem ser estudadas as populações que viveram no local.
As mamoas – também designadas por antas – foram construídas pelas primeiras comunidades de pastores e agricultores de forma a albergar os mortos de maior importância na época.
“As escavações deverão permitir uma maior precisão da data de construção do sepulcro da Cova dos Mourinhos, no Oural. Luciano Vilas Boas revelou que este terá sido reutilizado, entre 2.500 e 2.000 anos antes de Cristo, tendo em conta os fragmentos de cerâmica, de tipo Campaniforme, já encontrados” – refere o comunicado.
No âmbito de um protocolo, celebrado entre aquele município e a Universidade do Minho, as escavações prosseguem no próximo ano.
Segundo o arqueólogo, o conjunto monumental das bacias do Cávado e Neiva, onde se insere a mamoa do Oural, tem grande valor patrimonial que importa valorizar e proteger, seja por mão humana ou natural.
A concluir, a autarquia assegura criar condições para a visita ao monumento, através de painéis informativos bilíngues e da criação de vedação que impeça a circulação de veículos motorizados.
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