Governo prometeu a conclusão das obras até ao final de 2020, mas estas não chegaram a avançar. Jorge Paulo Oliveira pede explicações.
Em resposta a uma anterior interpelação do deputado famalicense, datada de fevereiro de 2020, o Ministro das Infraestruturas e Habitação garantia que a Infraestruturas de Portugal tinha prevista uma intervenção na conservação do pavimento e nos equipamentos de sinalização e segurança da Avenida 9 de julho, que liga as Rotundas do Marco e de Santo António, “obra esta que deverá estar concluída no final do 2º semestre do corrente ano”, pode ler-se na missiva daquele membro do Governo.
Assim não aconteceu. “O ano de 2020 chegou ao seu término e a dita obra de intervenção na conservação do pavimento e nos equipamentos de sinalização e segurança tão pouco teve seu início” assinala Jorge Paulo Oliveira, para quem “a garantia oferecida pelo Senhor Ministro das Infraestruturas e Habitação não passou, à data, de uma boa noticia”.
“Se há dez meses, o estado desta via era lastimável, a situação hoje é obviamente pior desconhecendo as populações, em absoluto, a razão ou razões que possam justificar, objetivamente, uma promessa não cumprida por parte do Governo” continua o social democrata na interpelação escrita dirigida ao ministro Pedro Nuno Santos.
A “Infraestruturas de Portugal S.A”, desistiu de levar a efeito uma intervenção necessária, urgente e profunda na Avenida 9 de Julho? pergunta Jorge Paulo Oliveira.
Admitindo que a resposta seja negativa, o Deputado Social Democrata quer que o Governo justifique o não avanço da obra e chega mesmo a perguntar ao ministro das Infraestruturas se não houve “disponibilidade financeira para esta intervenção ou se esta disponibilidade foi desviada para outra ou outras intervenções? Se os projetos “não ficaram concluídos a tempo” ou se o “concurso público ficou deserto”?
Jorge Paulo Oliveira, quer ainda saber quando pensa, afinal, a Infraestruturas de Portugal intervencionar a Avenida 9 de Julho, cujo “piso está muito degradado, tem vários buracos ao longo da sua extensão, as marcações no piso estão a desaparecer, a iluminação pública está inativa em partes da via, as passadeiras não são percetíveis, sobretudo à noite e a sinalização rodoviária vertical está deteriorada”.
O Deputado famalicense aproveita para lembrar de novo o Governo que esta avenida, inserida na N204, portanto, na rede nacional de estradas, regista “uma elevada sinistralidade, com inúmeras colisões de viaturas, atropelamentos de peões e abalroamento de ciclistas, dos quais resultaram perda de vidas humanas e vários feridos graves” um estado lastimável que se mantém “há vários anos, mesmo perante o clamor das populações e dos sucessivos alertas e solicitações de intervenção por parte dos autarcas”.
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