“É fatal que exista um impacto real no andamento e nos preços das obras públicas, tendo em conta o trajeto que o setor viveu e vive atualmente”. As palavras são do presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, Reis Campos, que reuniu, esta quarta-feira, com o presidente da Câmara Municipal, Mário Passos.
O dirigente reconhece as dificuldades que o sector atravessa. No entanto, acredita que a construção civil dará a resposta adequada aos desafios de Portugal com o PRR – Plano de Recuperação e Resiliência e com o PNI 2030 – Programa Nacional de Investimentos 2030.
“Antes da pandemia já tínhamos um constrangimento grande, que era a falta de mão de obra, mas o problema maior foi a dupla crise provocada pela guerra na Ucrânia, a escassez das matérias primas e o aumento de preços”, salientou, em nota de imprensa.
Para o autarca municipal, Mário Passos, o objetivo foi compreender se o problema com a revisão de preços das obras públicas e com os atrasos era um exclusivo de Famalicão, no entanto, como referiu, com esta reunião percebeu que a “situação é conjuntural e afeta todo o pais“. E acrescentou: “Sendo inclusivamente, a revisão de preços, uma obrigação legal e o atraso verificado com as obras de renovação do centro urbano em Famalicão, não é tão expressivo como em outras situações nacionais”.
“Em 20 de Maio saiu um Decreto de Lei que é um regime temporário e provisório que acautela a revisão de preços dos materiais e das obras o que pode compensar esta sobrevalorização das matérias primas e com o qual as entidades contratantes terão de lidar”, explicou ainda Reis Campos.
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