O pólo de Famalicão, num perímetro de 50 kms reúne 80% das empresas do setor têxtil e vestuário em Portugal, avança o jornal O Minho. Quem o afirma é Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), referindo ainda que neste aglomerado de empresas estão empregadas mais de 100 mil pessoas, o que o torna no maior do setor, em toda a Europa.
O responsável salienta que o têxtil é “dos mais importantes a nível europeu”, e movimenta mais de 160 mil milhões de euros em exportações. Só na zona Norte existem cerca de 6.000 empresas em nome coletivo e cerca de 5.000 em nome individual, resultando numa faturação anual de mais de 55 mil milhões de euros.
“Estamos a falar de um setor que é dos grandes exportadores nacionais, e cerca de 80% das empresas deste setor estão aqui próximas, num raio de 50 quilômetros ao redor de Famalicão”, explica Mário Jorge Machado, dando exemplos de concelhos como Fafe, Guimarães, Barcelos, Santo Tirso, Trofa e Porto.
Sublinha ainda que “só no Norte, o setor emprega cerca de 135 mil pessoas de forma direta”. Assim, um total de 100 mil pessoas empregadas fazem referência apenas à concentração ao redor do rio Ave, que contribui para o número a nível europeu, de 1 milhão e 450 mil pessoas a trabalhar na área.
Perspetivando novamente a realidade europeia, Itália é o país onde existem mais trabalhadores no setor têxtil- cerca de 220 mil pessoas. No entanto, é uma realidade diferente, pois são vários os clusters distribuídos pelo seu território, ao contrário de Portugal, que conseguiu reunir a maior parte das empresas na mesma área. De notar que, em Portugal, para além da zona do Ave, há aglomerados mais pequenos no distrito da Guarda (lanifícios), Aveiro e Lisboa.
“Na Europa e em Itália há várias regiões com empresas têxteis, mas nenhuma emprega 100 mil pessoas num raio de 50 quilómetros, daí afirmar que é o maior a nível europeu”, remata o empresário.
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