A Junta de Freguesia promoveu mais uma vez o seu Magusto este sábado, 6 de novembro, com a comunidade a aderir em peso. Foram muitos os associados e comunidade, de Gavião e de outras freguesias, que se juntaram para celebrar esta tradição de São Martinho. Na nova sede da Associação Cultural Desportiva de Além Rio (ACDAR), as castanhas, as fêveras e o bom vinho marcaram o mote desta tarde de convívio que contou também com animação musical pelo Grupo Infantil e Juvenil de Santiago de Gavião.
Este magusto é organizado, há mais de 15 anos, pela ACDAR, mas a colaboração com a Junta de Freguesia para promover este evento, em conjunto, surgiu há 6 anos, como começou por contar Sérgio Cabral, Presidente da Associação.
“Visto que era um magusto bem organizado e que as pessoas aderiam, a Junta convidou-nos, há cerca de 6 anos, para fazer um magusto da freguesia. E tendo nós esta vertente de ajudar, convívio e de camaradagem aderimos”, relembrou.
Depois de 2 anos em que o evento não se pôde realizar, as saudades eram muitas e as pessoas já sentiam falta do convívio. Para Sérgio, “faz falta mais iniciativas destas” para unir a comunidade: “Falta haver uma união, interligação entre as associações. Isso é que é o associativismo, é toda a gente unir-se, trabalhar em prol de algo em comum”.
Para o futuro e para dar continuidade a estes projetos considerou que é necessário atrair os mais jovens. “Temos que cativar os mais novos para entrar nestas associações e manter o trabalho que tem sido feito. De forma a acautelar a continuidade”, refletiu o presidente.
Já o Presidente da Junta de Freguesia, António Emídio, realçou também a importância de unir as associações e manter as tradições. “Nós todos os anos convidamos todas as associações a participar neste magusto. Queremos que tenha tradição em Gavião”, destacou.
Nesta iniciativa esteve presente a Associação de Pais da EB1/JI de Gavião, que promoveu a Feira de Outono, uma iniciativa adiada e que se realizou no mesmo dia em que foi inaugurada a nova sede da ACDAR. Foi assim um dia de promover o associativismo, como salientou o autarca: “De um lado temos produtos para comprar para ajudar a escola, e do outro, as castanhas, fêveras e as bebidas ao dispor da comunidade, para celebrar o magusto”.
“Este convívio é o primeiro em que a Junta de Freguesia consegue juntar pessoas (após o período de confinamento). E é importante, principalmente para as pessoas de mais idade, que ficaram muito isoladas e estão com dificuldade. Mas com este convívio rapidamente se começam a entrosar uns com os outros, por isso está a correr muito bem”, concluiu António Emídio.
A animação durante a tarde esteve a cargo do Grupo Infantil e Juvenil de Santiago de Gavião, que deu o mote para a dança e a música com todos os que se reuniram na sede da ACDAR. A Presidente do grupo, Cláudia Oliveira, celebrou o alívio das restrições que já permitem a organização de eventos como este.
“Ainda em que já se pode aliviar um bocadinho as restrições, porque o nosso grupo precisa, tal com a ACDAR, tal como todas as associações, necessitam de atividade, de estarem juntos e do convívio”, frisou a dirigente.
O retomar ao ritmo normal já era esperado há muito, e agora o grupo continua «muito motivado».
“Os meninos gostam de conviver, de estar juntos. Para algumas crianças é um bocadinho um refúgio do sábado à noite, do sair de casa e conviver com outras crianças”, afirmou.
Para o futuro, são vários os projetos a ser pensados. Entre a construção de uma nova sede para a associação, o cantar dos reis e todos os eventos que vão surgir, Cláudia Oliveira espera que “para o ano hajam saídas e atuações folclóricos, também para voltar a angariar algum dinheiro para a associação”.
Neste magusto também marcou presença o vereador da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Pedro Oliveira, que disse sentir tanto a “expectativa por parte dos organizadores” como a “esperança do retomar gradual” às dinâmicas pré-pandemia por parte da população.
“Tem se notado uma enorme vontade e esforço em voltar a reunir a comunidade no nosso território”, reforçou.
O trabalho em conjunto faz com que o concelho se projete lá fora: “Para a Câmara e para o território de Famalicão, é muito importante aquilo que as associações conseguem trazer e conseguem chamar a si. Uma freguesia vive muito daquilo que é o seu tecido associativo, portanto é esse contexto que nós incentivamos”, assegurou o vereador.
Da Associação de Pais de Gavião, Rosária Maia, falou sobre a organização da Feira de Outono, que estava planeada para acontecer na escola, mas as restrições da DGS não permitiram, e por isso foi realizada no Magusto da Freguesia.
“Temos aqui várias coisas que os pais trouxeram e de algumas empresas que nos patrocinaram. Ao virmos cá e fazer esta iniciativa com a Junta, o objetivo é também trazer a comunidade gaviense a conhecer este espaço, e assim ajudamo-nos todos uns aos outros”, destacou Rosária Maia.
A dirigente salientou ainda a colaboração que existe entre associações e que vai de encontro à filosofia que o Município tem incutido: “Eu acho que a nível de associações, Gavião funciona muito bem. Nós temos colaborado em muita coisa com a escola. Passamos por uma altura muito difícil, em que foi preciso ajudar muito a escola, e nós, em colaboração com a junta, estivemos sempre lá e conseguimos sempre tudo”, relembrou.
A proximidade com a comunidade e a importância crescente do associativismo trouxe uma nova vitalidade ao concelho e às freguesias. As entidades que apoiam o associativismo, como a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, ajudam cada vez mais a dinamizar todos os grupos do concelho. “Há uns anos atrás falávamos em associações e não dávamos o valor que hoje em dia se dá. Dão-nos os parabéns muitas vezes e incentivam-nos a continuar”, concluiu.
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