A concelhia do PSD de Vila Nova de Famalicão realizou na tarde deste sábado, 23 de outubro, pelas 16h00, um plenário no Auditório da Fundação Cupertino de Miranda. A agenda desta tarde tinha como ponto único a «Análise da situação política».
À entrada para o início da reunião, Paulo Cunha, Presidente da Concelhia social-democrata de Famalicão, garantiu aos jornalistas que não faz parte das listas do PSD Nacional. “Eu não integrarei nenhuma lista candidata à nacional”, assegurou.
“Quando eu tomei a decisão de não me recandidatar à Câmara Municipal houve quem se antecipasse a associar a minha decisão ao que chamaram de altos voos”, mas reforçou que esta decisão «nada teve a ver com questões nacionais».
“Só estou disponível para aquilo que estou a fazer neste momento, que é ao nível do apoio autárquico, e da distrital de Braga”, realçou.
Questionado quanto ao resultado das eleições relativamente à freguesia de Riba de Ave assegurou que a escolha não foi a melhor, e estendeu esta apreensão às freguesias do Louro e de Vermoim: “Todos os resultados menos bem sucedidos são uma preocupação”.
“A minha perspetiva enquando social democrata é que Riba de Ave tomou uma decisão que não me parece a melhor. A minha leitura é que a nossa candidata, Susana Pereira, tinha melhores condições para continuar a fazer um trabalho autárquico como aquele que fez ao longo dos últimos 8 anos”, destacou.
Já na sua intervenção em plenário, Paulo Cunha voltou a fazer referência ao processo autárquico, que culminou nas eleições de 26 de setembro e “salientar as situações que foram menos bem conseguidas”.
O presidente da concelhia começou por falar nos resultados menos positivos, onde o partido não conseguiu atingir os objetivos. “Quando olhamos para o resultado global, a sensação que fica é que correu tudo bem, mas não correu tudo como desejávamos que acontecesse. Nas freguesias onde os nossos candidatos não ganharam a eleição, aí não correu bem. Nas freguesias onde não conseguiram maiorias confortáveis que permitissem o exercício de forma plena, aí não correu bem”, começou por argumentar.
“Se é verdade que há causas, circunstâncias que influenciam, para mim é verdade que a primeira elação é que há algo que podíamos ter feito melhor e não fizemos”, referindo que o seu caminho é sempre o “de perceber, avaliar e interiorizar que não fizemos tudo o que estava ao alcance”.
No entanto, o Presidente da Concelhia defendeu que este é o momento de identificar as causas do insucesso «e procurar corrigir», para impedir que se repita no futuro.
Paulo Cunha fez assim referência ao número de freguesias em que o partido não conseguiu a vitória. Das trinta e quatro juntas de freguesia, o partido não conquistou três – Riba de Ave, Louro e Vermoim. Destacou que ficou «muito feliz» pelo sucesso das trinta e uma, mas está mais concentrado no insucesso das três freguesias referidas: “Não quer dizer que na noite de 26 de setembro tenha ficado com um semblante triste, mas também não escondo que no meu semblante procurei que não escondesse a tristeza que tive por não termos ganho essas 3 freguesias”.
Deixou assim uma palavra de distinção aos que foram a votos e não foram bem sucedidos. “Merecem todo o meu respeito. Estou absolutamente seguro que ainda que tenham cometido erros, deram o seu melhor”, garantindo que testemunhou esta dedicação e «vontade de serem bem-sucedidos».
A segunda elação mencionada por Paulo Cunha diz respeito ao sucesso da eleição de Mário Passos como Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. “Este foi claramente o primeiro objetivo”, distinguiu.
“Era evidente que Mário Passos é, de muito longe, a pessoa melhor colocada para ser Presidente da Câmara Municipal”, garantindo novamente que é o melhor e mais preparado nas três dimensões – política, técnica e pessoal.
“Como famalicense fico muito satisfeito por perceber que os nossos concidadãos fazem boas escolhas. São criteriosos, escolheram a melhor candiadatura à Câmara Municipal e isso é motivo de uma enorme alegria”, partilhou.
Com a liderança de Mário Passos e seu Executivo, Paulo Cunha garantiu que “Famalicão fica bem entregue. Podemos saber que ao longo dos próximos 4 anos as coisas vão correr bem em Famalicão”.
Sobre os resultados defendeu que estes foram «excelentes» e que devem ser analisados sempre olhando para o contexto atual. “Perante a nossa realidade, nas nossas circunstâncias, olhando para o contexto nacional que vivemos e que não nos é favorável, tivemos um resultado fantástico e isso é mérito do Mário passos. Ele é o grande responsável do resultado que tivemos”.
Paulo Cunha anunciou também neste plenário que o PSD de Famalicão vai a eleições no próximo dia 4 de dezembro, para eleger o novo presidente da concelhia de Famalicão.
“Entendo que é altura de se marcar eleições porque se encerrou um ciclo”. Referiu que «não faz sentido» esperar para fevereiro e que não está habituado a ficar em trabalho de gestão. “É altura de se começar um ciclo novo”, reforçou.
Paulo Cunha retira-se assim da concelhia do PSD de Famalicão e vai ficar apenas na Distrital de Braga.
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