Créditos: Comando Distrital de Braga (Facebook)
Não passou despercebido, ao nível da nossa redação, um sublinhado do Comandante Distrital de Braga da PSP que – anotámos sem estranheza – deixou a nu a falência de meios humanos, pelo menos, na mancha da sua área de intervenção (Braga, Barcelos, Famalicão e Guimarães).
O Superintendente Henriques Almeida sobre o tema, aproveitando as cerimónias do 147º aniversário dessa Entidade de Segurança Interna, as quais, e como noticiámos, se realizaram em Famalicão, no dia de ontem, quis sublinhar: “a dimensão e a simultaneidade de grandes eventos, incluindo os desportivos, nos quatro concelhos” tem exigido sacrifícios.
O mesmo responsável dimensionou que essa situação tem obrigado a um “empenho desmesurado” de polícias que, e nessas ocasiões, deveriam estar a gozar folgas. Ora – alertou – que essa realidade “conduz a uma taxa de esforço demasiado elevada e nada recomendável para quem exerce a função policia”.
Sem manchar as celebrações da efeméride, deixou recado, fazendo apelo a que haja “uma promoção articulada de grandes eventos a nível municipal e supramunicipal” e, também, “uma calendarização dos eventos desportivos, designadamente jogos de futebol (…)”.
Recorde-se que o Comando Distrital de Braga da PSP, nos seus 4 pontos de ação, acima referidos, tem – apenas – 538 efetivos, dos quais 88 estão incapacitados, por motivo de doença.
É curto – devemos dizê-lo – este número de homens, para uma mancha territorial alargada. Compreendemos a angústia do Comandante Distrital que põe o dedo na ferida e deve suar as estopinhas para ter gente para assegurar todo o tipo de serviços que incumbem à sua força de segurança. A PSP, nos últimos anos e a GNR, pelas razões que sobejamente são conhecidas – vencimentos aquém do esforço e da entrega às missões que competem a agentes e a guardas; instalações sem condições e falta de autoridade, entre outros graves problemas – bateu no fundo.
Em mais de 20 anos, os governantes deitaram para debaixo do tapete as reivindicações dos polícias nacionais, o que lhes traiu a ação e desmotivou a grande maioria de todos quantos operam nas forças de segurança, com honra e abnegação, cumprindo as missões que lhes foram confiadas.
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