Os muros norte e oeste do cemitério de Riba de Ave apresentam anomalias estruturais relevantes para a sua estabilidade, destacando-se “fendas verticais” e “deformações significativas”. A conclusão é de um estudo encomendado pela Câmara Municipal de Famalicão à Universidade do Minho, em abril de 2021. Verificada a falta de condições de segurança no espaço, seguiu-se a recomendação de uma intervenção urgente nas referidas estruturas.
Na reunião do Executivo Municipal, que se realizou esta quinta-feira, os vereadores do Partido Socialista questionaram o Presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, sobre esta situação, sendo que um ano depois de terem sido reveladas as conclusões do estudo, nenhuma reabilitação foi realizada.
A gestão dos cemitérios é responsabilidade das juntas de freguesia, no entanto o PS apontou: “A Junta de Freguesia de Riba de Ave já tem um orçamento de 238 mil euros para realizar as obras necessárias, mas não tem condições financeiras para suportar tamanha despesa”.
Em resposta, o autarca municipal, Mário Passos, afirmou que a Câmara Municipal está disponível para ajudar, com um investimento até 150 mil euros, que representa o “montante máximo permitido” no regulamento. O autarca reconheceu a urgência da reabilitação do espaço, acrescentando ainda que o Município “nunca apoiou tanto uma Junta de Freguesia para um cemitério, como está disponível para apoiar em Riba de Ave”.
“A Junta de Freguesia tem que alocar uma parte do seu orçamento para este efeito, porque é uma prioridade da freguesia”, sublinhou. Assim, para a obra avançar, a Câmara Municipal está a aguardar que a Junta de Freguesia informe “qual é a capacidade que tem, sob o ponto de vista do montante, que pode alocar para este efeito”.
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