O uso negligente do fogo (queimas ou queimadas) e fogo posto foram as causas da maior parte dos incêndios rurais registados durante este ano, conforme divulgado esta quarta-feira pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Os dados do último relatório provisório do ICNF, referente ao período de 01 de janeiro a 15 de outubro, destaca que as causas mais frequentes dos incêndios em 2021 são o uso negligente do fogo (47%) e o incendiarismo – imputáveis (23%).
O mesmo relatório assinala que no caso do uso negligente do fogo são as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (20%), queimas de amontoados de sobrantes florestais ou agrícolas (10%) e queimadas para gestão de pasto para gado (45%) os motivos mais relevantes. Os reacendimentos representam 4% do total de causas apuradas, num valor inferior face à média dos 10 anos anteriores.
O ICNF ressalva que, até 15 de outubro, foi permitido atribuir uma causa a 67% dos incêndios investigados este ano e que foram responsáveis por 90% da área ardida.
O relatório dá conta que, entre 01 de janeiro e 15 de outubro, deflagraram 7.610 incêndios rurais que resultaram em 27.118 hectares de área ardida (ha), entre povoamentos (8.118 ha), matos (16.144 ha) e agricultura (2.856 ha). O ano de 2021 apresenta assim, até ao dia 15 de outubro, o valor mais reduzido em número de incêndios e o segundo valor mais reduzido de área ardida da última década.
O ICNF indica também que os distritos com maior número de incêndios este ano são Porto (1.297), Braga (688) e Lisboa (667), enquanto o distrito mais afetado em área ardida é Faro, com 9.268 hectares, cerca de 34% da área total ardida até à data, seguido de Vila Real com 4.041 hectares (15% do total) e de Braga com 2.117 hectares (8% do total).























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