“Apresentando a velhice como um dom, o Papa exorta-nos para uma catequese que seja inclusiva.
Também eu, estou a ficar antigo, na idade. A Europa e, com ela, o Ocidente, incluindo os USA, está a envelhecer, colocando em causa todo o caminho que teremos de percorrer, de hoje para diante, como civilização, a que tem o Cristianismo como propósito de construção de uma sociedade mais humana, justa e que fortaleça a dignidade de cada um…
Francisco, o Chefe da Igreja Católica, carregou um tema, nestes últimos dias, que visa dar “sentido e valor à velhice”, encetando uma série de catequeses.
Valorizando a força que paira sobre a interlocução entre jovens e idosos, o Papa diz que esse “diálogo” constitui “a transmissão da sabedoria na humanidade”.
Os idosos são um “novo povo” – considerou. E a propósito dessa realidade, exprimiu: “(…eles) correm risco de serem descartados (…)”.
Afirmando que a “velhice é um dom para todas as idades”, Francisco estabeleceu-a como “um dom da maturidade e da sabedoria”.
Diria que esta catequese, carrega a mensagem de nos fazer sensibilizar – novos e mais velhos – para um tempo em que os mais idosos, pelo menos por cá, pela Europa de que somos parte integrante, se assumem como uma percentagem elevada.
E é essa mensagem que pode trazer gestos, palavras, acenos, presenças, diálogos e colaborações que conciliem as gerações, que ambas se percebam melhor e que haja a lucidez para se perceber que os tempos são outros, até porque as novas tecnologias escancararam a comunicação e a força do virtual.
Os mais antigos transportam anos de, até pela minha vivência, experiências, de conhecimentos e de saberes…e, também, de fazeres. Os idosos concorreram com os seus sacrifícios, as suas lágrimas, ousadias, inovação e muita esperança para o presente e a projecção do futuro. Esse é o conjunto de mais valias que, e se transmitidas, de geração em geração, podem lançar o tapete de um futuro menos sofredor e mais consciente.
Se olharmos os idosos, na sua esmagadora maioria, apercebemo-nos que as suas mãos têm a tez que o sol lhes infligiu e, ainda, estão cravejadas de gretas, na pele, com que os ventos a flagelaram…
Concluiria deixando a informação que o tema do 2.o Dia Mundial dos Avós e Idosos, a realizar a 24 de Julho próximo, está impregnado de alegoria: “Dão fruto mesmo na Velhice”.
A catequese deve ser feita com este e outros temas para a preparação, a de cada um, tendo como pano de fundo, a Vida. O homem não pode aspirar a ter Cidadania se não for preparado na sua educação/ensino/instrução para o essencial.
Os idosos são os professores que qualquer sociedade deve acolher e aproveitar.”
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