“Início, nesta data, depois de um contacto, que surgiu de uma visita a Famalicão, com o Director deste Jornal, uma crónica com alguma assiduidade, sobre temas de actualidade ou os que marcam a agenda local, regional, nacional ou mundial, assim como os que despoletam a denúncia de injustiças ou do que pode (não) contribuir para uma sociedade mais humanizada.
Dediquei, para quem não me conhece, radicado na Cidade que me viu nascer, Coimbra, mais de um quartel e meio de século, ao serviço da comunicação social, repartindo a minha acção profissional por 3 Jornais (Correio de Coimbra; Diário de Coimbra e O Primeiro de Janeiro – 17 anos; 2 Rádios ( Renascença – 12 anos; RDP/Centro-Antena1 – 10 anos); e Televisão (TVI – 4 anos). Nesse espaço de tempo, dei aulas; fundei, com outros colegas, o Clube da Comunicação Social de Coimbra e meti a mão na massa da promoção humana e social.
Desiludido pela forma como, a partir de 1998, se exercia a função, abandonei o jornalismo, tendo abraçado o empresariado.
Apesar disso, o bichinho, que nunca abandona quem passa no jornalismo, continuou a viajar comigo, o que me fez participante activo nalguns projectos de comunicação, de que ressalvo ter, nestes últimos 5 anos, prestado assessoria, nessa área, a Empresas Públicas e Privadas, sem deixar de escrever para jornais ou emprestar a minha voz para vídeos promocionais.
Gosto de escrever. Dá-me gozo passar para o papel ou para as linhas – ora modernas – dos equipamentos do digital, os desta 4.a Revolução Industrial, a que congrega a Inteligência Artificial, a Biotecnologia, a Ciência Quântica (está lá a computação) e todas as Novas Tecnologias o que penso. Sempre alicerçado no humanismo e nas bases de um Cristianismo que tenha como fonte o caminho da Salvação, o que nos convida a espalhar a Bondade, a Compreensão, a Misericórdia e a exaltar o Amor como promotor da Felicidade e da Concórdia.
Defendo a liberdade, como maneira de o Homem crescer sem palas que o possam fazer vesgo ou o fechar em armários que o despojem da sua essência de ser e de estar, da sua singularidade própria, da sua individualidade e do seu carácter. Mas defendo, também, que o homem não pode desviar-se dos seus deveres de Cidadão e de manifestar os seus direitos. A nossa sociedade tem, pós cerca de meio século de democracia, de saber apostar nas mudanças que, e durante esse período de tempo, não foi capaz de aprontar, porque se politizou demasiado, à custa de projectos partidários que se escudam nos seus interesses e de corporações profissionais que, mesmo depois da Revolução, continuam alapadas no seu espaço de conforto. Portugal pode e tem de se fazer ao caminho – esqueceu-se de uma das suas principais estradas, o que fez grande a nossa Nação, o MAR , porque lhe voltámos as costas, renegando-o – dos futuros, mas deve afrontar poderes e abanar estruturas que se cristalizaram nas burocracias e nas redomas dos poderes. Temos que nos saber libertar de Medos…
Gostaria de contribuir, com a minha escrita, aqui neste espaço digital, donde vai ressaltar opinião – espero que possa servir de alfobre para diálogos, a todos os níveis e em todos os cantos do Concelho – para a circulação de ideias, de ideais e, ainda, para a promoção do debate das palavras, interligando-as com e as de todos.
Famalicão tem gente de trabalho e de valor humano. Nota-se pujança comercial e industrial, apesar dos tempos que estamos e vamos atravessar, após uma pandemia que nos deixou, a todos, abalados, angustiados e preocupados. Que haja senso.
Este projecto editorial, a que agora me entrego, mostra-se solidário com as gentes locais; identifica-se com a cultura concelhia; dá as mãos às iniciativas que valorizam o presente e catapultam para o futuro este pedaço geográfico; manifesta-se por estar atento aos que, com responsabilidades, aos mais diversos níveis, lhe traçam o amanhã; e pretende contribuir, como parte integrante da vida famalicense, afastando pedras e penedos do caminho, para lançar a vossa Terra na senda do orgulho das raízes, do desenvolvimento e da felicidade de quantos aqui habitam ou labutam.
Espero, com os meus temas, ajudar nesses objectivos que quero porta para a Dignidade Humana.”
António Barreiros
Jornalista
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