O Nuno, o dono do restaurante “dragão”, sedeado em Famalicão, num golpe que a vida nos prega, deixou-nos na sexta-feira. Estava ao leme da sua embarcação profissional, onde dedicava tudo o que sabia, do que mais tinha e, também, a arte de encantar e de, com a sua magia pessoal, servir alegria, sorrisos e palavras.
Anedotava, quando estava para aí virado. Tinha um almanaque de anedotas que contava, como quem está a confeccionar o melhor manjar.
Ainda na passada quinta-feira, portanto, na véspera de ter partido para o além, depois de ter estado aqui, neste espaço da vida, almoçámos, uma parte da equipa do Famalicão Canal TV, no “dragão”. A dada altura apareceu, de lenço pespegado na cabeça, risonho e capaz de nos deixar mais umas palavras, daquelas que, como a ementa do seu espaço, estava disposto a servir para cativar os fregueses.
A Paula chamou-o de “o pirata”. Tinha pinta para isso e para muito mais, porque era folgazão. Falta-lhe a perna de pau, para ser o verdadeiro pirata dos filmes das Caraíbas ou de outras paragens de ilhas e de fantasias.
Nuno, que seguiu as pisadas do sogro na arte da restauração, quis fazer caminho nas artes marciais, mas nunca teve muita queda, para isso, como esse seu familiar. No entanto, dava uns toques.
Uma nota que credibiliza a simpatia e o nível ponderado do Nuno: um dia, por uma simples situação passada no “dragão”, mandei-o chamar. Não o conhecia. Veio. Ouviu-me, atentamente. Deixou-me uma justificação. Aceitei. Daí para a frente, olhava-o como uma pessoa de bem e um amigo. Não éramos próximos, mas havia interligação de conversas e empatia pessoal.
O Nuno deixa um vazio na restauração de Famalicão, na redoma das amizades que se fazem em facilidades, quando o respeito e a educação, são os talheres de uma boa companhia. O Nuno era um dos que reconhecia valor ao nosso projecto de comunicação social e ajudava.
Ainda ontem, caro Nuno estavas atrás do balcão sorridente. Hoje, soubemos que a vida te pregou a partida para te levar para o descanso da Eternidade. Ficamos saudosos. Mais pobres de amizade. Mas teremos tempo, sempre, para te ir recordando.
Aos familiares, principalmente a sua esposa, que era presença no restaurante e um braço de apoio do Nuno, deixa o Famalicão Canal um abraço de pesar e uma saudação solidária, por esta hora da perda do Nuno.
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