O novo estádio a construir, em Famalicão, com o selo de garantia do Município da Cidade, sob a batuta de Mário Passos, não nos passa ao lado.
É, e em termos futebolísticos o afirmamos, um pontapé de habilidade política e de rasgo de gestão, da figura principal do teatro da vida local, o Presidente da Câmara.
O actual estádio não reúne condições para que a equipa principal de Famalicão, a militar na Divisão maior de Futebol, possa desenvolver as suas competências e consiga receber, com dignidade, os Clubes adversários, jogadores, técnicos e directores visitantes, assim como os grupos de aficionados da bola. Não se compagina, esse espaço, reservado ao desporto rei, com os pergaminhos de Famalicão. Famalicão que, como se sabe, é Região Europeia Empreendedora, classificada, com esse título, pelo Comité Europeu das Regiões, o que lhe acrescenta responsabilidades e a deve motivar a corporizar imagem institucional consentânea.
O desenho para o projecto e, também, para a fundamental engenharia financeira, esta última o principal aspecto da redacção de todo o processo, para um investimento de milhões, é uma das tácticas – se estamos a falar de futebol vem a propósito – que se propõe o Chefe da Municipalidade.
Traçar, para uma área de 42 mil m2, numa mancha nobre da quadricula urbana de Famalicão, não só o Estádio mas, ainda, nas suas zonas envolventes, espaços comerciais e de serviços, a que se junta, como ficou sublinhado, um parque de estacionamento e, também, um pólo cultural, verte na receita para que o investimento possa produzir efeito e seja sustentado.
Se o Município suportar o custo, a zero euros, do empreendimento nas valências que vão ser implantadas em redor do novo Estádio teve o norte de acertar no Plano, ora traçado. Para além disso – e deixem-nos opinar – a autarquia soube ser artífice ousado e meticuloso, associando ao mesmo projecto a vontade e a determinação para modificar, tonificando, do ponto de vista da harmonia urbana e social, uma área de Famalicão que, como Cidade, precisa de ser reconvertida, reinventada e mover-se como janela de e para o futuro.






















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