A feira semanal de Famalicão recebeu, na manhã de ontem, uma ação de sensibilização ambiental inserida na iniciativa “Julho sem Plástico”. A autarquia associou-se a este movimento internacional, que promove a redução da utilização de plástico.
O Presidente da Câmara Municipal, Mário Passos, acompanhado pelo Vereador do Ambiente, Hélder Pereira, esteve junto da comunidade para ajudar a entregar cerca de 500 sacos de pano. Na iniciativa marcaram também presença os voluntários do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco.
O autarca municipal falou de um movimento de consciencialização, para que os famalicenses reduzam a utilização de sacos de plástico. Desta forma, contribuindo para a preservação do planeta e da qualidade de vida. “Como é sabido, o plástico é muito prejudicial, a vários níveis. Ouvimos falar muito dos oceanos, dos plásticos dos aterros, até nas redes de saneamento aparecem”, alertou, comparando a uma “praga que se consegue espalhar e contagiar negativamente a nós e ao planeta”.
O objetivo é que Vila Nova de Famalicão seja um exemplo na área da ecologia, “um concelho cada vez mais verde e mais amigo do ambiente”.
Também os jovens estiveram envolvidos neste projeto, algo que para Mário Passos, é imprescindível: “Estamos a tentar preservar o planeta no seu equilíbrio para as gerações futuras, portanto faz todo o sentido que sejam elas também envolvidas nesse processo de proteção do seu futuro. Estamos a proteger o planeta, e, dessa forma, protegemos o futuro dos nossos filhos e netos, que aqui está representada por um grupo de alunos”.
Raquel Azevedo, do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, falou também do programa criado em âmbito escolar, na área da sustentabilidade ambiental – o “B-In, Be Part of the Solution”. Este projeto escolar visa formar alunos com competências para intervir ativamente no território e criar uma cidade sustentável.
Em parceria com o Município, o grupo de voluntários, com idades entre os 15 e 18 anos, têm essa oportunidade de serem agentes ativos na mudança, como realçou a responsável. “Melhor do que ninguém são os jovens que devem ser os porta-vozes desta mensagem. (…) Temos de agradecer ao Município por desenvolver estas iniciativas muito próximas da população e convidar os jovens a participar neste movimento”, reforçou.
Inês Costa, uma das alunas voluntárias, mostrou-se motivada para ajudar: “É muito importante para mim porque acho que o oceano é de todos, temos que o proteger e acho que esta iniciativa é um início para isso”.
Quem esteve na feira mostrou-se recetivo, apesar de ser necessário, por vezes, alguma insistência, como revelou a jovem. A utilização de sacos reutilizáveis ou de carrinhos nas compras já é visível, o que deixou o grupo satisfeito: “Foi algo que não tinha noção e que teve impacto para mim, porque vi que as pessoas estão a começar a aderir e a ficar sensibilizadas. Também acho que esta iniciativa deu para incentivar a usarem mais, e a deixarem de usar plástico”.
Trata-se, assim, de criar novos hábitos, nomeadamente nas atividades quotidianas, como ir às compras ou à farmácia. De uma maneira geral, quem pela feira passou demonstrou abertura para mudar os seus hábitos e para compreender a importância da sustentabilidade do meio ambiente.
Sérgio Silva é apenas um dos exemplos de quem já não utiliza sacos de plástico. Ter comportamentos “mais apropriados para o ambiente” é um dos seus objetivos. Congratulou ainda a iniciativa do Município, que considerou importante pelo facto de “educar, ensinar e para as pessoas se mentalizarem que têm que mudar para proteger a natureza”.
“É uma iniciativa excelente. Já utilizo sacos de pano para determinadas compras”, afirmou, por sua vez, José Cardoso. No entanto, deixou um alerta: “Chegamos aqui ao mercado e é tudo plástico, lamentavelmente (…). Acho que a autarquia deve ser mais exigente com ela e com os seus. Devia ter aqui, à quarta-feira, pessoas a informar do que se está a passar nos mares. Necessitamos de uma intervenção mais forte, em que nos mercados do concelho sejamos mais incisivos na passagem da nossa mensagem- plástico não”.
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