Tem estado ao rubro a situação, como sabemos, em Moçambique.
O futuro do País pode estar preso por um fio. Mas as premissas para que a vida política, institucional, social e de outras áreas possa mudar são, e pelo menos, segundo especialistas, três.
Vamos acreditar nesses possíveis cenários, traçados por quem estuda ciência política e se dedica, com mais fervor, a assuntos africanos.
Um desses especialistas, em declarações à RTP-África, comentou a situação explosiva que se está a viver em Moçambique.
Probabilidade, nas palavras de Fernando Jorge Cardoso: um golpe de Estado, promovido pela polícia e pelos militares; aconselhamento de figuras gradas de Moçambique sobre o atual Presidente da República Filipe Nyusi, para negar ao cargo, promovendo um Governo de Salvação Nacional; e, por último, o que seria gravíssimo, o descambar da situação, com os movimentos populares de massas, a destruir, nas ruas, todo o tipo de estruturas urbanas ou outras.
Tenho mais fé, se ela se pode aplicar neste caso, na primeira possibilidade, já que a segunda é, para mim, conhecendo Nyusi e a Frelimo, inverosímil… de todos os pontos de vista, porque os governantes e a mentalidade do partido que sustenta o Governo, é mafiosa.
A terceira hipótese seria uma loucura completa e podia atirar o País para uma nova guerra civil sangrenta.
Moçambique tem de se alterar. Tem de mostrar ser um País democrático e livre. Tem de voltar a realizar eleições, porque as últimas, as de 9 de Outubro, foram viciadas… Venâncio Mondlane, do partido “Podemos”, que bateu com a porta no outro, a Renamo, foi o vencedor. Os observadores internacionais, uns quantos da EU, de que fazia parte a Sra. Temido, não viram nada. Nem tiveram a lisura e a ética de, no regresso, denunciarem o ato eleitoral. Remeteram-se a um silêncio cúmplice.
Os próximos tempos podem ser clarificadores. Também podem vir a mostrar, e de novo, a força e a capacidade de mobilidade e de intervenção dos “Esquadrões da Morte” que operam, em Moçambique, a soldo da Frelimo e das suas mais “cândidas” figuras, as que se tomaram de negociatas e estão podres de riqueza…
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