A Associação de Dadores de Sangue de Vila Nova de Famalicão e a Associação Irmandade de Dadores de Sangue da Cantábria – Espanha, sediada no Hospital Universitário Marquês de Valdecilla, assinaram um acordo de geminação, esta quarta-feira, dia 3 de novembro.
Na cerimónia estiveram presentes várias individualidades que estão relacionadas com a dádiva de sangue, como Joaquim Vilarinho, Presidente da Associação de Dadores de Sangue de Famalicão, Joaquim Silva, da Federação das Associações de Dadores de Sangue, e Ignácio Alvarez, Presidente da Associação Irmandade de Dadores de Sangue da Cantábria – Espanha, entre outros. Em representação do Município de Famalicão esteve também presente a vereadora Sofia Fernandes.
A cerimónia teve início às 18 horas, na sede da associação famalicense. Joaquim Vilarinho, Presidente da Associação de Dadores de Sangue de Famalicão, destacou que este «é o primeiro passo» de um caminho que a Associação pretende percorrer. “Esta geminação vai trazer-nos muita potencialidade”, salientou.
A associação espanhola, que se fez representar com uma delegação de vários elementos, tem atualmente quase 105 mil associados, tendo assim uma «dimensão totalmente diferente» da de Famalicão, como destacou Joaquim Vilarinho.
“Com estes nossos amigos espanhóis vamos ter um caminho frutuoso porque é uma associação enorme, que abrange uma população de mais 582 mil pessoas. O ano passado colheu mais de 20 mil unidades de sangue”, realçou.
O objetivo com esta colaboração é assim dar novas ferramentas e uma nova dimensão à Associação famalicense, que com esta colaboração pode beneficiar com o potencial, historial e experiência de Cantábria.
O Presidente destacou ainda que no ano de 2020 o número de dádivas desceu ligeiramente, «na ordem dos 9%», no entanto demonstrou estar convicto que agora vão “atingir, senão ultrapassar, as dádivas de 2019”.
Ignácio Alvarez, Presidente da Associação Irmandade dos Dadores de Sangue da Cantábria – Espanha, celebrou também esta geminação e destacou as mais valias que vão surgir desta colaboração. Destacou que, apesar da região de Cantábria ser pequena, a nível nacional tem uma importância muito grande: “Estivemos durante 10 anos no número 2 do ranking nacional, quando em Espanha, todas as associações têm diminuído o número de doações”.
Apesar do número de doações ter diminuído devido à pandemia, atualmente, a própria medicina necessita de cada vez menor quantidade de sangue para as cirurgias e intervenções, que são “menos invasivas e necessitam de menos sangue”.
“Mais do que acumular muito sangue é necessário haver um equilíbrio”, frisou.
Joaquim Silva, da Federação das Associações de Dadores de Sangue, destacou a diferença que existe entre Portugal e Espanha no que diz respeito à organização dos dadores de sangue. No entanto, há uma coisa comum, que se estende também aos países do sul da Europa, como evidenciou: “São os próprios dadores que percebem que há falta de sangue e eles próprios procuram novos dadores de sangue”.
“Portugal tem uma organização um pouco diferente. Nós temos cerca de 200 organizações no nosso país, o que é um pouco diferente da realidade de Espanha. Mas a generosidade, e a doação é igual, tal como a qualidade”, destacou Joaquim Silva.
Acentuou ainda o «trabalho excelente» da Associação Irmandade de Dadores de Sangue da Cantábria e revelou estar muito satisfeito com esta geminação.
Sofia Fernandes, Vereadora da Saúde na Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, destacou que depois de um período pandémico em que o contacto foi menor, “nada melhor do que este início com esta geminação entre Cantábria e Vila Nova de Famalicão”.
Congratulou também os jovens envolvidos nesta dinâmica e todos os dadores de sangue que contribuíram. “Eu tenho muito respeito por todos os dadores de sangue. Não há cota maior que se possa pagar do que a dádiva de sangue”, reforçou a vereadora.
“Esta geminação pode ser uma forma de aprender, com exemplos de outros locais. Sendo a primeira associação de dadores de sangue a fazer uma geminação com Cantábria é também uma honra e é mais uma conquista desta Associação”, concluiu Sofia Fernandes.
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