Preocupação com o Serviço de Urgência do Hospital de Famalicão foi dissertada pelo Chefe da Municipalidade.
Anotamos, para esta Rúbrica Semanal, o “Escaparate da Redacção”, e com agrado, essa posição do autarca, porque demonstra que se inteira dos problemas, os sente e vive. Além do mais, consegue vertê-los na praça pública sem medos. O papel de um autarca é mesmo esse, o de estar na proximidade dos munícipes, avaliando os seus anseios e tentando dar-lhes seguimento.
Mário Passos lançou a questão e extrapolou-a a todo o País, onde se faz sentir, para mal dos pecados dos doentes. O mesmo edil articulou palavras de desagravo ao que – disse – é a degradação do SNS.
O Presidente da Câmara de Famalicão, o que queremos deixar como marco, posicionou-se na banda da crítica justificada, clarificando que só pode pressionar o Governo e o Ministro da Saúde. Ainda bem que o diz fazer.
Usando de clarividência, exortou o vereador socialista Eduardo Oliveira que é, também, deputado na AR – uma particularidade da nossa democracia que registamos com desagrado, porque acumula dois cargos – a desenvolver esforços, junto do Governo, a trazer para a Região os recursos suficientes na área da saúde, como precisou, em palavras.
O encerramento, num ou noutro fim-de-semana, especialmente da urgência cirúrgica no Hospital de Famalicão, é preocupante sem dúvida. A imagem do SNS, por este tempo, é de que se desfaz aos olhos dos portugueses, como caliça pôdre. O SNS, que foi criado pela dupla Dr. António Arnaut e Prof. Doutor Mário Mendes, Ministro e Secretário de Estado da Saúde, homens de cepa socialista, não tem sido seguido com políticas correctas, nos últimos 15 anos, o que lhe provocou infecções várias, acabando por lhe desferir doenças crónicas que o estão a matar.
O SNS precisa, urgentemente, de ser reorganizado, transformado, reprojectado e injectado com fármacos que lhe traga saúde para enfrentar estes novos tempos e desafios. O SNS não pode ser, como o foi até aqui, porque mudaram as cambiantes, tendencialmente gratuito. Deverá continuar a sê-lo, mas só para os mais pobres e para a classe médica, esta em extinção…
Será que a voz de Mário Passos ecoou nos ouvidos dos governantes, em Lisboa, nos corredores do poder? E nas orelhas de Eduardo Oliveira um porta-estandarte das políticas do PS?
Por aqui, pelo “escaparate da Redacção” temos dúvidas….por Lisboa, a maioria, anda mouca. Mas, agora, com a demissão do Primeiro-Ministro, o povo poderá ter, em breve, nova oportunidade para mostrar se está com as políticas do Governo cessante ou se pretende mudanças que lhe permitam ter melhor Saúde, mais Justiça, digna Habitação e um Ensino que promova uma adequada Instrução para que os nossos jovens deixem de imigrar, à procura de melhores salários, e disponham de uma vida de presente e de futuro.
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